Mundo - Num hospital em Havana...

Brasileiros cantam - O meu Amor

Brasileiro canta - Dança do créu

SOCIALISMO É UMA DROGA


Uma sociedade em que o ideário e a política socialista predominam é como um viciado, e o Socialismo é sua droga. Ambos se tornam dependentes de algo que os destrói.

A droga causa dois tipos de dependência. Dependência física é a incapacidade de o corpo funcionar normalmente sem a droga, dependência psicológica se manifesta como ansiedade e desconforto quando não se está sob o efeito da droga ou ela não está disponível. Dependência física

Sob o Socialismo, o paralelo da dependência física é a dependência material. O Socialismo promove o crescimento contínuo do número de pessoas que dependem do governo e de sua política de redistribuição de riqueza para prover suas necessidades básicas.

A droga gera dependência física substituindo a química normal do sistema nervoso ou alterando seu funcionamento. Da mesma forma, o Socialismo cria dependentes substituindo a estrutura de incentivos de uma sociedade.

Onde antes a riqueza era resultado do trabalho, ela passa a ser resultado do arbítrio governamental. Trabalhar para produzir riqueza é substituído por fazer política para conseguir riqueza. Por receber riqueza diretamente do governo, e sem esforço, o indivíduo se torna intolerante ao meio normal de enriquecer: o trabalho.

Por ser estimulado diretamente pela droga, o mecanismo de recompensa do viciado se torna insensível aos prazeres normais, como comida e sexo. Da mesma forma, por ter suas necessidades saciadas pelo governo, o indivíduo perde o senso de responsabilidade individual – a percepção de que ele próprio é quem deve resolver seus problemas.

Tolerância

Outra característica dos quadros de dependência é o desenvolvimento de tolerância. O corpo se adapta à presença da droga de modo que doses cada vez maiores são necessárias para obter o mesmo efeito.

O mesmo ocorre com a política Socialista. Para cada "benefício" concedido pelo governo, há alguém pagando a conta. Pela ameaça física o indivíduo é forçado a abrir mão de sua riqueza em favor de outros, contra sua vontade.

Nenhum indivíduo, mesmo o caridoso que troca voluntariamente o resultado de seu trabalho produtivo por satisfação pessoal, se esforça a troco de nada. Aqueles que são forçados a pagar a conta do Socialismo se adaptam a cada nova política de expropriação. Logo a redistribuição se torna ineficaz e uma nova política mais intervencionista se torna necessária para obter o mesmo efeito.

Imagine que um governo obrigue os empregadores a continuar a pagar por meses o salário de toda mulher que se ausente para ter um filho. Os empregadores se adaptam pagando menos às mulheres em geral – para compensar este risco.

Torna-se necessário proibir o pagamento de salários diferentes para homens e mulheres, do contrário não se consegue mais o efeito desejado. Mas os empregadores se adaptam novamente, preferindo contratar homens. Já que é obrigado a pagar o mesmo preço, o empregador prefere o empregado que não pode ficar meses fora, recebendo.

Torna-se necessário proibir a preferência por contratação de homens. Mas isto ainda não resolve o problema. Através de artifícios como benefícios não monetários pode-se continuar pagando mais a homens. Outros artifícios permitem evitar a contratação de mulheres. Mais leis, mais controles e mais policiamento são necessários para obter o efeito desejado.

Privilegiar uns à custa de outros sempre cria uma necessidade constante de endurecimento das leis – pois quem paga a conta contra sua vontade sempre se esforça para se livrar de suas correntes.

Dependência psicológica

Nas sociedades democráticas, o paralelo da dependência psicológica no Socialismo é o populismo, uma "dependência política". Por criar uma legião de dependentes materiais, o Socialismo elimina do debate político qualquer proposta política contrária.

O Bolsa-Família é um excelente exemplo. Um quarto de toda a população brasileira pertence a famílias que recebem dinheiro deste programa - um candidato que se oponha a ele terá grande dificuldade em se eleger.

Também é característico da dependência psicológica a supressão das inibições do viciado na busca pela droga. Isto se reflete em um comportamento descontrolado e amoral. Conseguir a droga está acima de qualquer inibição – vergonha, nojo, respeito à vida e à propriedade alheia, nada disso impedirá o viciado de conseguir a droga.

Da mesma forma, sob o Socialismo há uma supressão de todas as inibições na busca pela benesse governamental. As inúmeras denúncias e casos constatados de fraude em todos os chamados "programas sociais" ilustram este fato. Casos de empresários que corrompem governantes para obter benefícios são outro exemplo.

Autodestruição

A droga destrói no viciado aquilo que existe de mais importante, o que o define como um indivíduo: sua vontade. Em quadros severos de dependência química, a pessoa pode se tornar praticamente um zumbi: a busca da droga se torna seu único propósito, a vida é esquecida.

O Socialismo faz o mesmo na sociedade. Para que o governo dê algo a um é preciso primeiro que tire de outro. Ao violar os direitos à vida, à propriedade e à liberdade das pessoas, o governo destrói sua vontade de agir produtivamente. Em quadros severos de socialismo, tomar a riqueza dos outros se torna o único propósito, produzir riqueza é esquecido. O atraso econômico das nações que implantaram o socialismo, inclusive o Brasil, é evidência deste fato.

Abstinência

Quando um viciado fica sem a droga, desenvolve-se um quadro conhecido como síndrome de abstinência. Trata-se dos efeitos físicos e psicológicos da remoção da droga de seu organismo. A abstinência é dolorosa e desesperadora. É só depois de passar por este período de sofrimento que os mecanismos normais do organismo e da mente se restabelecem.

Eliminar o socialismo em uma sociedade apresenta o mesmo fenômeno. Os dependentes materiais se vêem obrigados a trabalhar para obter aquilo que antes recebiam de graça. Muitos podem ver não atendidas suas necessidades básicas, antes saciadas pelo esforço alheio.

A libertação dos indivíduos que pagavam a conta, em tempo, leva à proliferação de oportunidades e à prosperidade generalizada, embora não igualitária. Este é o mecanismo normal de progresso humano: o Capitalismo. Mas chegar até este ponto requer vencer a abstinência.

Terapia

Na recuperação de uma nação socialista, assim como na recuperação de drogados, o primeiro passo é reconhecer que há um problema. No Brasil ainda há poucas vozes altas e claras dizendo que roubar de um para dar a outro é imoral. Os direitos individuais não são vistos como algo inalienável.

Os poucos defensores da liberdade econômica são blogueiros e colunistas como Reinaldo Azevedo e articulistas como Rodrigo Constantino e o empresário João Luiz Mauad. A recente revolta popular contra a CPMF mostra que estas poucas vozes encontram coro na sociedade, e o partido Democratas parece estar se movendo na direção de defender estes princípios.

Reconhecer o problema, no entanto, não é suficiente para resolvê-lo. Dado o sofrimento que a abstinência do Socialismo pode causar, um projeto político para a recuperação do país precisa oferecer uma solução clara para vencer este abismo. É aí que está a verdadeira dificuldade.

Dada a similaridade entre Socialismo e as drogas, pode-se aproveitar idéias que têm bons índices de sucesso na recuperação de viciados. Uma delas é a substituição da droga por outra menos destrutiva, capaz de aliviar parte dos efeitos da abstinência. O uso da nova droga é gradativamente reduzido até sua eliminação.

Uma aplicação desta idéia à política seria a privatização de um serviço atualmente prestado pelo governo (seja educação, saúde ou qualquer outro), acompanhada do fornecimento de "vales" à população de baixa renda para uso na compra deste serviço.

Desta forma ainda há redistribuição de riqueza, mas o governo em si não opera o sistema. Isto permite que surja um mercado para suprir a demanda, com o aumento de eficiência e queda de preços característicos da iniciativa privada.

Esta política continua sendo uma droga, mas menos destrutiva que a anterior. E os "vales" podem ser gradativamente eliminados, dando tempo às pessoas para se adaptarem à responsabilidade individual.

Conclusão

Socialismo é uma droga – e todo o mundo está usando. Como viciados, as sociedades ocidentais não percebem que estão destruindo aquilo que têm de mais importante: a liberdade individual.

É no mínimo irônico que o autor da frase "a religião é o ópio do povo" tenha criado a ideologia cujo efeito na sociedade mais se assemelha com o da droga.

Cuba, caminhos para o capitalismo



Cuba vai cair no capitalismo, como ocorreu com todos os regimes socialistas do século 20, à exceção de dois, o da própria ilha e o da Coréia do Norte. Ambos, aliás, têm um curioso ponto em comum, o comunismo hereditário. Fidel tenta transmitir o poder a seu irmão, Raúl. O presidente Kim Jong-il herdou o governo de seu pai.

A história recente mostra que há, no essencial, três tipos de transição do socialismo para o capitalismo global. O primeiro modelo é o chinês. Também o mais antigo. Dez anos antes da queda do Muro de Berlim, em novembro de 1979, Deng Xiaoping iniciava as reformas econômicas. No Vietnã, a “doi moi” - a renovação - começou em 1986, contemporânea da perestroika russa, mas à moda chinesa.

Nesse processo, o Partido Comunista e o governo comandam a introdução dos investimentos privados, basicamente feitos pelas companhias estrangeiras. É um passo obrigatório para países muito atrasados, sem capital local suficiente, sem tecnologia e infra-estrutura, e também, naturalmente, sem empreendedores privados nacionais. Estes acabam aparecendo no decorrer do processo, que continua, entretanto, com forte base no investimento direto estrangeiro.

Não há democracia política. Essa combinação de ditadura do partido com economia de mercado, que requer a liberdade de empreendimento, obviamente está funcionando na China e no Vietnã. Isso, claro, quando se consideram os indicadores econômicos. Há forte crescimento da produção, da renda e do emprego. Quase 600 milhões de chineses já deixaram a zona da pobreza desde o início das reformas. No Vietnã, o número de pessoas vivendo com menos de um dólar por dia caiu de 50% da população, em 1990, para menos de 10%, hoje.

Não se sabe, entretanto, até onde vai o modelo, na medida em que a população enriquece, torna-se classe média, com acesso cada vez maior à educação e progressivamente exposta ao mundo das democracias ocidentais. Pode ser que ocorra algo como o que se passou na Coréia do Sul, cuja arrancada para o desenvolvimento também se deu com uma ditadura política, embora não comunista. O país alcançou a democracia há pouco tempo, por pressão das classes médias formadas no processo econômico. Mas a China é muito maior, mais complexa, e a ditadura, muito mais forte. A ver.

O segundo modelo é o da Europa do Leste: Polônia, República Checa, entre outros. A virada é completa, com a introdução simultânea do capitalismo e da democracia política - aliás requisito para a entrada na União Européia. Não há caça às bruxas contra os quadros do velho regime, mas estes precisam se reagrupar, formar novos partidos e assim voltar à disputa política. Não raro, ganham eleições para governar no novo sistema. Vão bem esses países, sobretudo os que já conseguiram sua integração à União Européia.

O terceiro e pior modelo é o da falecida União Soviética. O pessoal do partido ficou com as maiores estatais privatizadas e as melhores oportunidades de negócios, tudo a preço de banana roubada. E também manteve o poder político no novo regime, chamado de democrático, com eleições nacionais, mas sem imprensa livre e sem liberdade partidária. O melhor exemplo disso é o presidente Vladimir Putin, ex-chefe da polícia secreta soviética. Como notaram observadores: os russos estragaram o socialismo e agora estão estragando o capitalismo. Acontece da mesma forma em algumas ex-repúblicas soviéticas.

E Cuba depois de Fidel? Trata-se de uma ditadura extrema e cruel. Sem liberdade de imprensa, é muito difícil obter informação sobre o que se passa por lá. Mas é possível garimpar impressões aqui e ali, de visitantes, por exemplo, ou de pessoas que têm parentes na ilha, chegando a um quadro aproximado da realidade. Essas impressões contam que Fidel Castro, nos últimos anos, parecia preocupado com as chances de continuação do socialismo depois de sua morte. Esse teria sido o motivo do lançamento da Batalha de Idéias, destinada a fazer a cabeça especialmente dos jovens. Esse também é seu objetivo atual com os artigos de doutrinação no Granma.

Já entre os líderes que estão substituindo Fidel, parece que a preocupação maior é como controlar uma inevitável transição para algum tipo de capitalismo. Conta-se que Raúl Castro sonha com o modelo chinês e teme especialmente a transição estilo Leste Europeu.

E a população cubana, qual seria seu estado de espírito? Aqueles mesmos jornalistas estrangeiros, visitantes, diplomatas ocidentais e parentes de residentes dizem que se pode perceber um sensação de enfado, um cansaço com o regime e a vida difícil, na qual todo santo dia é preciso preocupar-se em obter comida e bens essenciais.

É difícil avaliar se esse sentimento pode se transformar numa revolta, após a partida de Fidel. Amigos de Fidel e de Cuba dizem que não há a menor chance de isso acontecer. Afirmam que a população não apenas respeita, mas admira os líderes.

Também é difícil avaliar se isso é correto. É certo, de todo modo, que, mesmo após a aposentadoria de Fidel, os sucessores manterão a repressão, o controle dos passos e das idéias da população.

Parece uma ditadura forte, mas, quando se recorda como os regimes comunistas europeus, aparentemente sólidos, caíram como folhas de papel, essa hipótese para Cuba não pode ser descartada.

Mas a transição no Caribe depende de um fator específico: a comunidade dos cubano-americanos instalada ali ao lado, na Flórida, com dinheiro e disposição para investir numa Cuba pós-Fidel. A atitude política dessa comunidade pode estabilizar ou atrapalhar a transição - tema de uma próxima coluna.

Quais Conquistas Sociais?



Rodrigo Constantino

"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem." (Mário Quintana)

A "renúncia" de Fidel Castro do seu posto de mais antigo ditador do mundo no poder gerou estranhas emoções em muitos "intelectuais". Vários deles, incluindo Miriam Leitão, mostraram-se preocupados com a manutenção das "conquistas sociais" na ilha-presídio após as possíveis mudanças no regime. Essa postura denota um forte ranço socialista. Ainda que muitos desses "pensadores" sintam vergonha de assumir abertamente a admiração que sentem pelo carniceiro, fica claro que ainda nutrem fortes sentimentos pela utopia que desgraçou o século XX. São vermelhos desbotados, no máximo. Tentam apelar para um relativismo, como se nem tudo fosse ruim em Cuba. Falso. Aquele feudo da família Castro é um completo lixo! Mas todos aceitam, sem questionamentos, a "verdade" insistentemente repetida, das tais "conquistas sociais". Ninguém ousa fazer uma simples pergunta: Quais conquistas?

A repetição de que a saúde cubana é excelente não passa de um mito totalmente furado. Os seguidores de Goebbels ficam na esperança de que a repetição ad nauseam dessa mentira a transforme numa verdade. Que saúde maravilhosa é esta se faltam os remédios mais básicos no inferno cubano? Quais foram as grandes contribuições de Cuba à medicina mundial? Creio que a fonte desses "intelectuais" todos é o "confiável" cineasta Michael Moore. Só pode! Os fatos não podem ser ignorados em nome de uma ideologia. A saúde em Cuba é precária, os hospitais são decadentes, faltam remédios necessários e o país não deixou nenhuma grande contribuição para a medicina mundial, à exceção de poucos avanços no tratamento do vitiligo. Quanto aos indicadores de IDH, não custa lembrar que os dados cubanos são monopólio da ditadura, já que observadores imparciais de fora não têm acesso livre ao país. Alguém confia mesmo nos números que o próprio Fidel Castro entrega sobre os "avanços" na ilha? Papai Noel, duendes e gnomos são parte da realidade então, devo supor...

O outro campo predileto dos esquerdistas é a educação. Qual educação? A taxa de analfabetismo é baixa, mas o que os cubanos lêem? A frase na epígrafe deixa claro que os cubanos são os verdadeiros analfabetos. Afinal, o ditador não permite a leitura livre de livros e artigos. O único jornal disponível no cárcere caribenho é da ditadura. Se alguém for pego com um livro de Goerge Orwell, cujo 1984 retrata perfeitamente o que se passa no país, vai preso. As crianças não são educadas, mas sim doutrinadas ideologicamente. "Aprendem" na marra, desde muito cedo, que o socialismo é maravilhoso, não obstante toda a desgraça que enxergam em volta. São fortes candidatos à dissonância cognitiva. São forçados a repetir aquilo que os próprios olhos negam. Que raio de educação é essa? Isso é uma conquista social desde quando? Os cubanos não podem ler esse artigo, não podem acessar livremente a Internet, nada. Mas tem "intelectual" brasileiro que aplaude as "conquistas sociais" da propriedade privada de Castro. Lamentável é pouco.

Mas vamos deixar tudo isso de lado, e fingir que essa grande piada, as "conquistas" de Cuba, é verdadeira. Desde quando os fins justificam os meios? Mesmo assumindo que tantas mentiras fossem verdade, somente alguém com um grave distúrbio de caráter poderia defender o regime de Fidel Castro. Não é mesmo, Niemeyer? Aliás, o arquiteto está cobrando suas obras em Cuba em dólares americanos ou cubanos, que valem 25 vezes menos e é a moeda imposta ao povo? Como alguém poderia justificar tanta atrocidade com base em alguns avanços sociais? Nem vem ao caso mostrar os avanços infinitamente maiores dos países que abraçaram o capitalismo liberal. Não é preciso humilhar tanto assim. Vamos nos ater ao próprio mito do avanço cubano. Quer dizer que para aumentar um pouco a expectativa média de vida e reduzir o analfabetismo vale torturar e matar milhares de inocentes? Quer dizer que para investir pesado no esporte, propaganda para o regime, não tem problema escravizar um povo e impedir sua saída do presídio? Gente com esta mentalidade aplaude a construção de pirâmides para faraós, enquanto milhares sofrem como escravos para tornar este luxo possível. O que importa para o cubano que não tem comida decente nem remédios, tampouco pode sair livremente do país, o fato do país ter um bom time de baiseball? Será que os mesmos "intelectuais" que amenizam as barbaridades em Cuba por causa dos "avanços" adotam a mesma postura em relação ao regime nazista? Se Hitler entregasse alguns bons indicadores sociais, então tudo bem o Holocausto? Defender Cuba não é mais uma questão de ignorância. É mesmo falta de caráter!

E quanto ao receio de tantos "intelectuais" com a manutenção das conquistas sociais inexistentes, resta constatar que jamais uma transição do socialismo para o capitalismo liberal piorou a situação do povo. Pelo contrário: quanto maior o grau de abertura econômica, maior o progresso social. Vide a China. Se Cuba deixar de ser uma ditadura socialista para migrar rumo ao capitalismo de mercado, só há uma possibilidade para os setores de saúde e educação: melhorar drasticamente!

PS: Existem diversos relatos de dissidentes cubanos falando sobre os horrores vividos nas prisões, somente pelo fato de discordar da ditadura comunista de Fidel Castro. Um deles, de Alejandro Gonzales, mostra que não há higiene alguma nas prisões, faltam detergentes, a comida é podre e a cama é infestada de baratas. Vários são torturados. Milhares morreram fuzilados. O grande crime cometido? Desejar mais liberdade. Nada mais. E tem gente com a cara-de-pau de comparar isso com os abusos em Guantánamo, onde terroristas ficaram pelados ou foram arrastados pelos cabelos. Claro que qualquer abuso deve ser condenado – e é, pelos próprios americanos, que são livres para criticar seu governo. Mas somente a demência explica alguém colocar no mesmo patamar o abuso de terroristas assassinos por militares com a tortura e morte de inocentes por uma ditadura cruel.

"Alga ou gasolina, doutor?"

Algas microscópicas podem virar o biocombustível número 1 do mundo - se alguns probleminhas técnicos saírem do caminho

Nunca na história deste planeta se falou tanto em biodiesel. Os produtores da soja brasileira, do óleo de dendê indonésio e de outras culturas agrícolas salivam diante das perspectivas de transformar esse monte de matéria vegetal nos combustíveis do futuro.

Mas esses sonhos podem desmoronar diante de um concorrente inusitado: as algas. Essa aposta está sendo feita por uma série de empresas americanas de nomes mirabolantes, como Solix Biofuels e Solazyme.

No papel, a idéia mais que razoável: algumas espécies de algas verdes, seres de uma célula só que funcionam basicamente como as plantas terrestres, são até 100 vezes mais produtivas que a soja, por exemplo. E botar as bichinhas para crescer não requer prática nem tampouco habilidade: elas não precisam de terra, só de água, luz e gás carbônico.

O óleo da célula delas pode ser transformado em biodiesel, capaz de mover todo tipo de veículo e ainda ser usado para aquecer casas. A alta eficiência de crescimento delas também significa que uma área relativamente pequena seria suficiente para cultivá-las, em vez das vastas lavouras de soja que hoje impulsionam o desmatamento na Amazônia.

Resta saber, porém, se vai dar para resolver os problemas que impedem a produção do algadiesel em larga escala. É preciso achar o jeito certo de controlar o crescimento das algas - se ele for rápido demais, umas acabam tapando a luz das outras e enguiçam o processo. E também ainda é um problema extrair o óleo das algas - é preciso usar métodos químicos, porque não dá para simplesmente espremê-las, como se faz com as azeitonas.

Em resumo, falta provar que o algadiesel vai fazer tão bem ao bolso quanto pode fazer ao ambiente.



Fundador do Greenpeace defende energia nuclear

Energia atômica, combinada a fontes renováveis, é a única forma de garantir suprimento mundial, diz ambientalista


Fundador do Greenpeace defende energia nuclear



Patrick Moore, um dos fundadores do Greenpeace, é hoje um dos principais defensores da energia nuclear. Em 1991, fundou uma consultoria, a Greenspirit, que trabalha em parceria com governos e empresas em projetos de equilíbrio entre necessidades econômicas e preservação ambiental.


Em entrevista à Folha, Moore afirma que a resistência dos ambientalistas à energia nuclear é motivada por uma mentalidade típica da Guerra Fria. Para ele, o Brasil tem condições de se tornar líder no setor de álcool, mas deve procurar desenvolver em escala comercial a produção a partir do bagaço da cana para não se tornar um imenso canavial. Ele destaca que a produção a partir de alimentos como cana, milho e soja pode afetar negativamente a indústria alimentícia.




FOLHA - O que o fez mudar de idéia em relação à energia nuclear?


PATRICK MOORE - Cometemos um erro nos anos 70. Estávamos focados em armas e em guerras nucleares, preocupados com a possibilidade de a civilização e o ambiente serem destruídos pelo holocausto nuclear. Vejo que cometemos um erro ao incluir a energia nuclear como parte disso. Falhamos em distinguir o uso pacífico da tecnologia do destrutivo.


Além disso, a preocupação com as mudanças climáticas criou uma situação muito diferente no mundo. Agora queremos reduzir o consumo de combustíveis fósseis, não só pelas mudanças climáticas como pela poluição do ar.


Outro argumento é que uma parcela significativa dos combustíveis fósseis é proveniente de áreas de instabilidade política e até potencialmente hostis.


A única forma de reduzir o consumo de combustíveis fósseis de maneira significativa é fazer isso com um programa agressivo de energias renováveis combinado à energia nuclear.

FOLHA - As energias renováveis não podem cumprir esse papel?


MOORE - Não acredito que matematicamente seja possível mostrar que a energia solar e a energia eólica possam fazer isso sozinhas. Devemos usar energia hidrelétrica, a mais importante fonte de energia renovável, biomassa ou biocombustíveis, como vocês têm feito com a cana-de-açúcar. Mesmo isso não pode fazer tudo. Precisamos de uma grande quantidade de energia que seja confiável, segura e que não polua o ar, e isso é a energia nuclear.



FOLHA - E é seguro ter países como o Irã enriquecendo urânio?


MOORE - Isso é um problema. Seria benéfico para o Irã ter energia nuclear, a não ser que o país queira usar essa tecnologia para fins maléficos. O que temos que ter é a Parceria Global da Energia Nuclear, com maior controle sobre urânio e plutônio. Até a Rússia está começando a criticar o Irã. Se todos os Estados que usam energia nuclear, como EUA, China, Rússia e França, entrarem nesse grupo, eles vão controlar o urânio e o plutônio de forma que não caiam em mãos erradas.


Você não precisa de um reator nuclear para fazer uma arma nuclear. As armas nucleares que estão sendo construídas no mundo são feitas com plutônio de reatores nucleares militares, que é outra categoria. Mesmo se fecharmos todos os mais de 400 reatores que estão em funcionamento, isso não vai fazer os generais desistirem de seus reatores nucleares militares. É preciso distinguir o uso pacífico da energia nuclear do uso militar de armas nucleares.



FOLHA - No Brasil, o governo está bastante próximo de retomar o projeto nuclear, mas há resistência entre ambientalistas e o Ministério do Meio Ambiente. Por que os ambientalistas em geral ainda resistem ao uso dessa fonte de energia?


MOORE - É uma infelicidade. Acredito que eles ainda estão presos a uma mentalidade da Guerra Fria. O movimento pacifista é focado em guerras e armas e incluíram a energia nuclear como se fosse a mesma coisa. O princípio que devemos adotar é que não podemos banir os usos benéficos de uma tecnologia só porque ela pode ser usada para o mal.


Mais de 1 milhão de pessoas já foram mortas na África com um simples facão. Essa é também a ferramenta mais importante para fazendeiros. Eles limpam o terreno e cortam a madeira, mas ela também pode ser usada para cortar braços de humanos e matá-los. Temos que usar a energia nuclear para fins pacíficos e dar ao mundo um exemplo. O Brasil pode fazer isso, mostrar ao mundo que pode usar tecnologia nuclear, sem armas nucleares.


O problema com a posição dos ambientalistas é que, de um lado, eles estão dizendo que as mudanças climáticas serão uma espécie de catástrofe que vai destruir o ambiente e a civilização. Por outro lado, eles se recusam a aceitar que a energia nuclear é a única grande fonte de energia que pode substituir os combustíveis fósseis.



FOLHA - Mas a indústria nuclear já teve o acidente de Chernobyl...


MOORE - Chernobyl representou um erro estúpido. Foi uma combinação do estilo ruim do reator construído pelos soviéticos com um erro dos operadores. O saldo relacionado ao acidente, no entanto, é de 56 mortes. Do ponto de vista industrial, não foi um acidente tão grande assim. Meu Deus, 1,2 milhão de pessoas morrem em acidentes de carro todo ano!



FOLHA - A indústria já encontrou uma solução para os resíduos?


MOORE - O combustível que é tirado do reator não é totalmente desperdiçado. Quase 90% poderia ser reciclado. O que devemos fazer é armazenar o combustível usado de forma segura e cuidadosa até o momento em que possa ser reciclado. Isso tem sido feito na França, na Rússia e no Japão. E deve ocorrer logo nos EUA. Eles fizeram a opção de não reciclar o combustível nuclear na gestão Jimmy Carter, que estava preocupado com a possibilidade de o plutônio cair em mãos erradas. O que posso dizer é que há mais de 400 reatores em uso e ninguém nunca foi ferido pelo combustível guardado em recipientes porque é armazenado de forma segura.



FOLHA - O Brasil tem condições de tornar o álcool uma commodity?


MOORE - Sim. Estive no Brasil por dez dias, vi as vastas plantações de cana. O Brasil é provavelmente o líder mundial em biomassa e biocombustíveis. Isso é muito importante, mas também é preciso considerar quanto do ecossistema natural queremos transformar em um imenso canavial. Temos que ter um equilíbrio para não transformar o país inteiro numa fábrica de fazer açúcar e álcool.



FOLHA - É possível convencer outros países a usar álcool nos carros?


MOORE - Sim. Os EUA também estão fazendo álcool, mas a partir do milho, e biodiesel a partir da soja. O problema é que você está retirando comida da indústria alimentícia. A visão futura é fazer o álcool a partir do bagaço da cana. Se tivermos sucesso nisso, podemos evitar a competição com as commodities alimentícias e usar o açúcar, a soja, e o milho para alimentar pessoas. A quantidade necessária desses produtos para substituir combustíveis fósseis teria um impacto grande no suprimento alimentar.



FOLHA - Qual é a sua avaliação sobre o desmatamento na Amazônia?


MOORE - É muito hipócrita que pessoas da Ásia e da América do Norte apontem o dedo para o Brasil sobre desmatamento, porque o fato é que a Amazônia tem mais de sua floresta original do que os EUA e a Europa. As pessoas gostam de pensar que elas não fazem desmatamento onde vivem, mas toda a agricultura nos EUA e em cidades da Europa são sinais de desmatamento. Antes eram locais de florestas. No Brasil, você tem que ter comida, assim como no restante do mundo.


Estive na Amazônia e vi quão rapidamente a natureza se recompõe, se você a deixa em paz. O clima tropical significa que as plantas podem crescer o ano todo. Voei de um lado a outro da Amazônia e fiquei surpreso de ver quão vasta é a área de floresta que continua lá. Acho que o Brasil está fazendo um bom trabalho em definir áreas grandes para proteção ambiental.

























PNL: A Ciência da Excelência... A Arte da Mudança



A PNL tem certas máximas, duas das quais são:


"Se você sempre faz a mesma coisa, vai obter sempre o mesmo resultado!"
"Se o que você está fazendo não está dando certo – faça algo diferente."

"Sim, mas como"? você poderia perguntar.

Ao contrário de outras abordagens que dizem O QUE você precisa fazer, a PNL é a tecnologia do COMO. Ela diz e mostra COMO alcançar o que você quer e COMO se tornar aquela pessoa que alcança as metas que você quer. Desta maneira você poderá ter agora o sucesso pessoal que tanto quer!

Com a PNL nós podemos escolher o que queremos mudar, e como queremos fazer essa mudança.

A minha introdução à PNL foi com um amigo nos Estados Unidos cujas vendas haviam saltado 40% em um ano após seu treinamento em PNL.

Depois de algumas pesquisas, eu decidi fazer um treinamento de PNL, pensando "Se esse "remédio" funciona, qualquer um pode fazer isso". A fim de testar os princípios da PNL e me convencer do seu mérito, eu decidi aplicar as técnicas ao meu peso – um problema de longa duração. Tendo feito dieta toda a minha vida, eu estava convencido que "regime deixa você gordo". Então a comida e o tamanho do corpo tinham algo a ver com a mente. Joguei fora a minha balança. E, sem perigo e sem esforço, perdi vinte quilos, eu que pesava 120 quilos nos últimos dois anos.

Como foi que funcionou? Pela aplicação da PNL e examinando minhas crenças, capacidades e comportamentos sobre a minha comida. Uma parte importante desse processo, e que me surpreendeu, foi constatar que eu me beneficiava por estar com excesso de peso. Logo que eu me tornei consciente disso, a PNL forneceu as ferramentas pelas quais eu podia satisfazer esses benefícios de maneira mais saudáveis e emagrecendo. Os métodos que eu apliquei para atingir meu tamanho natural podem ser aplicados em muitas áreas: para criar confiança, motivação, vendas, melhorar a memória, desempenho atlético, aprendizado de estratégias – para qualquer coisa que os humanos fazem e querem saber COMO fazer melhor. Existe um ditado "Se isso funciona, deve ser PNL!"

O INÍCIO

No início de 1970, enquanto Tom Peters estudava a excelência nas organizações e procurava as estratégias vencedoras, um lingüista, John Grinder, e um matemático, Richard Bandler, estudavam as pessoas que eram excelentes comunicadores e peritos em mudança pessoal.

"Qual é a diferença entre alguém que é apenas competente e alguém que se distingue na mesma habilidade"? era a pergunta feita por Grinder e Bandler. As respostas produziram a PNL: A Ciência da Excelência... A Arte da Mudança.

ANTHONY ROBBINS

Mais e mais pessoas estão começando a perceber o impacto que a PNL pode fazer na sua vida. Por exemplo, o principal treinador de performance, Anthony Robbins diz "Eu acho que uma pessoa especial, admirada por todos, foi o cavalheiro chamado Dr. John Grinder, que criou a ciência da mudança, e que foi chamada de programação neurolingüística. Foi uma das coisas que me deu a minha vantagem competitiva. Eu acho que a vantagem número um é a tecnologia da mudança".

Outros, também, reconheceram o poder da PNL. A revista Time informa: "A PNL tem potencial armazenado para o tratamento de problemas individuais e se tornou o programa e a tecnologia para o auto-aperfeiçoamento em todos os sentidos."

O QUE É PNL?

PNL significa Programação Neurolingüística e inclui os três componentes mais influentes envolvidos em produzir experiência humana: a neurologia, a linguagem e o padrão.

Nós estamos em contato com o mundo exterior através dos nossos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. A nossa neurologia recebe estímulos externos e os representa para nós com um conjunto combinado de "representações internas". Essas formam a nossa experiência subjetiva. O nosso mundo interno é feito de imagens que nós enxergamos no nosso olho da "mente". São as conversas, diálogos e debates que temos com nós mesmos no pensamento. São as nossas sensações e emoções sobre as quais estamos acostumados a pensar que não temos nenhum controle.

Um ponto importante a perceber é que a nossa experiência é criada pela combinação dessas representações internas que formam padrões ou "programas" que se repetem. Esses padrões (ou hábitos) ocorrem repetidas vezes a não ser que sejam interrompidos ou redirecionados. É como um disco que toca a mesma canção a menos que você grave outra.

PESQUISA CIENTIFICA

O Professor Gerald Edelman, ganhador do Nobel, passou trinta anos pesquisando como funciona o cérebro. Ele conclui que nós arrumamos as dez bilhões ou mais de células cerebrais e nervosas em grupos a fim de formar "mapas" que respondem pela nossa experiência. Esses mapas nos permitem compreender o mundo e a nós mesmos. As conexões entre as células que são frequentemente estimuladas irão sobreviver e prosperar; as outras atrofiam ou são desviadas para outras tarefas. Ele declara: "É um caso simples de contatos que quando funcionam de novo, funcionam melhor".

A fobia é um bom exemplo de como funciona o cérebro. Uma situação particular ou um gatilho (altura, aranhas, etc.) produz uma reação física particularmente forte (palmas suadas, respiração acelerada, pânico, etc.). O cérebro aprende rapidamente e depois disso, cada vez que a pessoa é apresentada ao mesmo estimulo, seu corpo sabe que tem que ter a mesma reação. O surpreendente é que as pessoas com fobias NUNCA se esquecem de ter essa reação. Isso é uma estratégia de aprendizado do passado perfeita!

Estivemos recentemente nos Alpes Austríacos, e lá encontramos uma mulher que estava esquiando nas suas férias e que tinha medo de altura! Ir do hotel até o topo da montanha exigia uma viagem de 20 minutos na gôndola aérea. Desnecessário dizer que ela não estava apreciando suas férias. Ao conduzi-la pela Cura da Fobia da PNL, em cerca de uma hora sua reação medrosa se tornou apenas outra memória; apesar de que ela ainda tivesse que se convencer. O acaso porém se fez presente, pois no dia seguinte o sistema de gôndolas quebrou e a deixou suspensa a dezenas de metros de altura no ar. Para sua grande surpresa, embora não tenha sido uma experiência agradável, ela não "lembrou" de ter a velha reação fóbica. AGORA sim, ela estava convencida!

Do mesmo modo que esse padrão automático nos cria dificuldades na fobia, ele funciona a nosso favor quando nós amarramos os cordões do sapato, dirigimos o carro, ou fazemos um milhão de outras coisas sem ter que pensar.

Por isto a PNL é a exploração de COMO cada indivíduo experimenta o seu próprio conjunto único de padrões. Com a PNL nós podemos identificar que padrões nos dão recursos e nos são úteis. Então podemos escolher acrescentar novos padrões ao nosso comportamento e sermos mais produtivos naquelas situações onde tivemos baixa performance no passado. Se nós entendemos como nós somos da maneira que somos, podemos criar escolha sobre como nós gostaríamos de ser no futuro.

A "LINGÜÍSTICA" NA PNL

A linguagem determina como nós influenciamos e como nos comunicamos com os outros e conosco. É como nós rotulamos a nossa experiência. A linguagem fortalecedora gera comportamento fortalecedor. Do mesmo modo, pensamento negativo é o resultado de pensamentos enfraquecedores... muitas vezes fora da nossa consciência, o que limita a escolha.

Pensamento positivo ou negativo é o nosso diálogo interno, ou o que nós dizemos para nós mesmos. Tente isso, diga a seguinte frase, uma de cada vez (preenchendo o "X" com algo que se aplica a você): "Eu preciso de X", "Eu quero X", e "Eu escolho X," e perceba as diferenças nas suas reações. Por esta razão, mudar apenas uma palavra pode ter uma influência significativa no seu pensamento e, portanto, no seu comportamento.

É estimado que 93% da comunicação é não verbal. Isso significa que o como você diz o que diz (entonação, volume, velocidade, etc.) carrega cinco vezes mais informação do que as palavras ditas. E como você usa o seu corpo (gestos, expressões faciais, postura) tem ainda mais influência. A PNL transcende a tradicional teoria da "linguagem corporal" mostrando como identificar e reagir a comunicação TOTAL da outra pessoa.

Por isto a PNL descreve a dinâmica fundamental entre a mente, a linguagem e o comportamento.

A mesma metodologia subjacente tem sido aplicada para a tomada de decisão pelo Conselho de um dos principais bancos ingleses; para identificar a estratégia criativa de Walt Disney; reabilitar jovens criminosos; treinar os operadores da American Express em habilidades de rapport no telefone; estudar a longevidade e produzir anúncios impactantes.

A PNL reconhece a importância da fisiologia em mudar e sustentar os estados internos. Isso significa, por exemplo, que se você está de mau humor, você tem a opção de criar bom humor para você. Os benefícios são aparentes ...imagine-se sentindo poderoso quando vai visitar o gerente do banco, confiante antes de fazer uma apresentação, gostando quando seu companheiro tem o dia livre. Como você age de modo diferente? E como isso influencia os outros? Quando você está com mais recursos, as outras pessoas provavelmente também estarão.

Quer experimentar o gosto da PNL agora?

Tente uma pequena experiência. Olhe para cima, para o teto ou o céu, sorria, levante seus braços e... tente ficar deprimido!

Agora, baixe sua cabeça e olhe para baixo a sua direita, curve seus ombros e tente ficar alegre. Difícil, não é?

Que estado da mente você prefere? Você pode escolher qual experimentar, agora e a qualquer hora. E também não precisa passar o dia todo olhando para o teto.

Escolha o estado que quer sentir. Ao reviver com força a ocasião em que experimentou essas sensações, você será capaz de ter agora este estado. Tenha certeza que você realmente está na situação: veja o que você via... ouça o que você ouvia lá e...sinta o que você sentiu... Segure isto por um minuto e AGORA, ele é seu!

Obviamente precisa mais para estar no controle dos seus estados internos e maneiras de reagir do que esse simples exercício. Contudo ele demonstra a extensão da autodeterminação que poucos já conseguiram experimentar.

E SE VOCÊ PUDESSE?

Aqui temos outro exercício para tentar.

Cada vez que você pegar alguém dizendo "Eu não posso..." tente dizer "E se você pudesse?" Perceba como ele TEM que se imaginar fazendo exatamente o que ele disse que não podia!

Naturalmente, você também pode sempre se fazer a mesma pergunta...!

APLICAÇÕES DA PNL

Talvez mais facilmente reconhecível tenha sido o uso da PNL na psicologia esportiva para ajudar a acessar aqueles estados da mente e do corpo necessários para assegurar a repetição do desempenho do pico. A chave é ser capaz de reproduzir o estado do apogeu no momento preciso exigido. Um atleta pode usar afirmações positivas como "Eu vou ganhar esta corrida", mas se uma vozinha na sua cabeça diz "Não tem jeito," não temos muita chance de sucesso. Com a PNL, a voz pode ser mudada para "Vá em frente!"

A Programação Neurolingüística também está sendo usada na educação para ensinar soletração e estratégias de aprendizagem altamente eficientes para as crianças. Você sabia que a maioria dos bons soletradores usa um método muito similar para soletrar? A PNL descobriu o COMO da boa soletração que pode ser ensinado em cerca de uma hora.

Também na educação, os professores estão aprendendo como as crianças que classificam e armazenam visualmente a informação tem estratégias diferentes de aprendizado daquelas que classificam e armazenam a informação auditiva ou cinestesicamente (sensações internas). Ter essa informação permite o professor ajustar a sua linguagem pois assim o que ele diz pode ser compreendido por mais crianças.

Em campos diferentes, os médicos e os advogados estão fazendo uso das mesmas técnicas da PNL para, do mesmo modo, reunir informação de alta qualidade dos pacientes e clientes.

A PNL é também usada para estudar como os sistemas de crenças influenciam as doenças. Está começando a ser percebido que a maneira como os médicos dão informações para os pacientes, tanto pode ser uma poderosa ferramenta para a recuperação deles como pode introduzir, sem perceber, um "vírus" no pensamento deles. Em nenhum lugar é mais verdadeiro o axioma: "Se você acredita que algo é possível ou não... provavelmente você está certo!" do que na área da saúde.

A PNL no desenvolvimento pessoal se foca no que você quer, como você quer ser, e como descobrir os recursos e atributos você já tem para ajudá–lo a fazer as mudanças. A PNL oferece uma abordagem radicalmente diferente da psicoterapia tradicional e métodos de aconselhamento que tendem a se focar mais no problema e nas causas do que na solução.

Ela também significa que melhorias dramáticas na vida das pessoas podem ser realizadas num período de tempo relativamente curto.

Uma das aplicações mais incomuns é o seu uso no ensino das habilidades para dirigir. Um recente estudo indica 66% menos acidentes para aqueles que tiveram um treinamento de dois dias de PNL do que no grupo de controle.

BENEFÍCIOS NOS NEGÓCIOS

Embora a PNL seja uma poderosa ferramenta para mudança no nível do individuo, os benefícios potenciais para os negócios e empresas podem ser nada mais do que extraordinários.

Uma oportunidade perfeita para medir a eficiência da PNL numa organização ocorreu em 1986. Depois de empregar um consultor de PNL, o Exército dos Estados Unidos foi capaz de reduzir seu treinamento de tiro ao alvo com pequenas armas de 6 semanas para 3 dias com nenhum efeito danoso nos índices de aprovação!

Nos negócios e na indústria, a PNL já está sendo usada para melhorar o desempenho das vendas, na tomada de decisão, nas habilidades de apresentação, em motivação, no controle do estresse, na formação de equipes, e em praticamente todas as áreas que você pensar. Membros da comunidade empresarial treinados em PNL são preparados para se sobressaírem com suas próprias estratégias pessoais de sucesso, bem como incorporar fórmulas provadas da excelência de outros. De que maneira você gostaria de ter acesso à estratégia criativa de Walt Disney quando precisasse?

Você também pode aplicar as mesmas poderosas ferramentas e técnicas da PNL num nível macro dentro da sua corporação para que toda a organização tenha benefícios.

Fiat na Itália é um exemplo muito importante. Por alguns anos eles empregaram experts da PNL para estudar os "líderes naturais" na sua organização pois assim essa habilidade de liderança especial poderia ser transferida aos outros. A Fiat está explorando em detalhes o que as outras empresas em geral estão percebendo. Um novo tipo de gerente e de líder para o novo século. Conceitos de identidade corporativa, visão, missão, e associar o individuo e a organização por meio de valores compartilhados estão apontando o caminho para o futuro.

E PARA FINALIZAR...

Existem muitas técnicas diferentes da PNL que você pode usar para se aperfeiçoar e aos outros. Você pode controlar e escolher a sua vida de uma maneira que você só sonhou, antes da PNL. E esse artigo é somente uma amostra do que é possível.

A PNL pode capacitá-lo a realizar aquelas metas profissionais e pessoais que você deseja, para mantê-lo atualizado na última tecnologia de mudança, para gerenciar sua própria vida, e para você ter a excelência e as habilidades de qualquer um que você já tiver admirado.

Como Anthony Robbins gosta muito de dizer "O que você faria se soubesse que não vai falhar"?

"A ignorância que leva à exploração"

Dancem, macacos

O federalismo e o estado de direito


"O Estado de Direito do Brasil é uma ficção alimentada por nossas autoridades, que dissimulam a respeito dos fundamentos do federalismo e da democracia liberal, fazendo com que tenhamos o Estado acima da Nação."


Em nenhum país encontra-se uma melhor organização legislativa e jurisprudencial do que nos EUA. Graças ao federalismo e aos fundamentos liberais do Estado americano, os Estados e os municípios gozam de amplíssima autonomia para legislar sobre matérias de direito civil, penal, trabalhista, eleitoral, constitucional etc. Isto faz com que os EUA sejam o supra-sumo do Estado de Direito. Outra característica interessante do direito americano é o caráter consuetudinário de sua estrutura. Lá, as leis são posteriores à evolução dos usos e costumes do povo, ao passo que no Brasil, acontece justamente o inverso, isto é, as leis são elaboradas e o povo é obrigado a se adaptar a elas. Herança ibérica? Muito provavelmente!

Além disso, a Suprema Corte dos EUA possui o assim-chamado poder discricionário, isto é, seus juízes escolhem quais casos julgar e descartam os casos considerados infra-constitucionais, uma realidade bem diferente do direito brasileiro, em que casos como brigas de cachorro vão parar no STF - Supremo Tribunal Federal - e os ministros são obrigados a apreciá-los, como o recente caso da cadela “Pretinha”, ocorrido numa cidadezinha do interior de Minas Gerais.

Outro aspecto interessante do direito americano é a maravilhosa diversidade de legislações, em quase todas as áreas, de Estado para Estado, inclusive na área penal, caracterizada pela adoção, em alguns Estados e em outros não, da pena de morte, da prisão perpétua, da eutanásia, do aborto, trabalhos forçados, penas alternativas, muitas delas literalmente inventadas pelos juízes, etc. Já no nosso caso, o Brasil é conhecido pela sua própria gente como um país de leis “que pegam” e leis “que não pegam”, justamente por causa do caráter unitário da organização jurídica do Estado brasileiro, em todas as áreas, o qual não combina com um país multicultural e de dimensões territoriais continentais. Nós só usamos, na prática, uma Constituição, a Federal, e só possuímos um Código Civil, um Código Penal, um Código de Trânsito, uma Legislação Eleitoral, um Estatuto para menores de idade, tudo isso para um país que se diz federativo!

Ademais, outra característica irrepreensível da jurisprudência americana é a ausência quase total de impunidade, uma vez que cada Estado julga os seus casos, o que agiliza o judiciário, de acordo com a concepção de crimes estaduais, deixando apenas os crimes considerados federais (como violação de correspondência, por exemplo) para Washington D.C. julgar.

Além disso, todos os Estados americanos têm o seu Senado Estadual, cujos senadores, eleitos para representar os condados, legislam sobre questões macro-estaduais, algo bem diferente do Brasil, cujas Assembléias Legislativas Estaduais são parlamentos monocamerais e, na prática, inúteis, pois todo o ordenamento jurídico dos Estados e até dos municípios está amarrado ao Congresso Nacional.

Em países federativos, como deveria ser o nosso caso, o Estado de Direito se faz em cada Estado, com a devida concordância das populações diretamente afetadas. Isso sim é que é democracia liberal e não se pode usar a desculpa de que o Estado brasileiro não é federativo nem liberal porque o Brasil é um Estado de Direito Romano, cuja preponderância é da especificação legal, pois países como Suíça e Alemanha também são Estados de Direito Romano e possuem uma estrutura legislativa e jurisprudencial federativa e consuetudinária, semelhante aos EUA, que são um Estado de Direito Anglo-Saxônico, cuja prevalência é da interpretação à luz dos usos e costumes.

Em suma, o Estado de Direito do Brasil é uma ficção alimentada por nossas autoridades, que dissimulam a respeito dos fundamentos do federalismo e da democracia liberal, fazendo com que tenhamos o Estado acima da Nação, algo imperdoável para uma verdadeira democracia.

O Iraque e o federalismo


Por que o Iraque rejeita a Constituição imposta pelos americanos? Se desejamos compreender sua recusa em aceitar a “Carta” criada pelos E.U.A, precisamos lembrar algumas questões básicas.

Nas décadas que precederam a primeira Guerra do Golfo, graças à nacionalização do petróleo, em 1972, quando Saddam Hussein ainda era vice-presidente, o país pôde capitalizar recursos que o converteram no maior investidor em tecnologia de ponta do Oriente Médio. Isso possibilitou ao povo o atingimento de um dos mais elevados padrões sociais da região, enquanto as mulheres iraquianas obtinham acesso à educação e ao trabalho numa escala sem precedentes.

Entretanto, quatro grandes fatores solaparam estas conquistas: o intervencionismo militar dos falcões; os interesses hegemônicos do capital neoliberal; a rapinagem às maiores reservas petrolíferas mundiais e, last, but not least**, a política de segurança da extrema-direita israelense. A agressão violenta ao Iraque visou a aniquilar a soberania do país, considerado o último bastião do nacionalismo árabe e, cujas altas reivindicações por independência política-econômica ameaçavam as prerrogativas neocolonialistas internacionais. Desencadeada uma inédita sangria que uniu embargo e bombardeios durante mais de uma década, o resultado foram dois milhões de mortos civis e militares.

Interessados apenas “em dividir para reinar”, os E.U.A. articulam ofensivas simultâneas para enfraquecer a resistência nacional iraquiana que, ao contrário de seus opressores, busca, por todos os meios, unir o povo numa mesma frente ideológica. Reduzem a escolha da nação à duas opções midiáticas: “submeter-se à ocupação” ou “guerra civil”. Os iraquianos sabem que podem rejeitar ambas.

Assim, as diferenças étnicas (curdas e árabes) e religiosas (xiitas e sunitas) têm sido propagadas pelos poderes hegemônicos imperiais a fim de fracionar o Iraque, da mesma forma ocorrida na Iugoslávia e no Líbano, maquinando a criação duma guerra civil. Terroristas como Al-Zarqawi da Al-Qaeda, e outros, foram, na verdade, ali infiltrados a serviço das forças de ocupação para atacar a população indefesa, disseminando o caos e fomentando conflitos religiosos. A resistência legítima tem como alvo exclusivo os invasores e seus colaboracionistas. Contudo, o povo iraquiano está perfeitamente alerta contra as malogradas tentativas de mergulhar sua terra num campo de batalha interno.

Um dos principais veículos ideados para balcanizar o país foi a redação de uma Constituição de cunho federalista. Para refutá-la, de norte a sul, milhares de cidadãos saíram às ruas nos últimos dias, em manifestações pacíficas por todas as cidades iraquianas, empunhando retratos de Saddam Hussein e dos clérigos Al-Sadr e Al-Khalisi. Quando esta grande mobilização nacional atingiu seu pleno sucesso, vimos mais um atentado, em Bagdá, onde morreram cerca de mil xiitas, com o fito de produzir uma rixa inter-confissional.

O federalismo pretende transformar o país num estado sectário, compartimentado em três zonas autônomas, duas baseadas em divisões religiosas (xiita ao sul e sunita, ao centro) e uma racista (curda ao norte). A Constituição, portanto, se baseia no retorno ao sectarismo, pretendendo, com isso, descaracterizar a identidade árabe ali tão bem sedimentada, fundamento de suas antiqüíssimas conquistas históricas.

Deste modo, compreende-se porque milhares de manifestantes foram às ruas do Iraque nas últimas semanas, empunhando cartazes onde se lia: “Não ao federalismo, não ao racismo e não ao sectarismo!” “Irmãos xiitas e sunitas, nossa pátria não está à venda!”

O líder xiita de Amara, Al Khalisi, numa entrevista à TV Al-Jazira, esclareceu:

— Não existem xiitas querendo uma Constituição que os sunitas rejeitam! Essa é mais uma estratégia das forças dominantes para conspirar contra a nação. O que há são os seguidores da ocupação de um lado, (que querem impor a Constituição) e, de outro, sunitas e xiitas nacionalistas que a repudiam.

Assim, enquanto a maioria do povo iraquiano reivindica um conceito secular integrador, os falcões traçam referentes políticos regressivos — a própria antítese da democracia — para facilitar a tutela neocolonial de Washington, através de guetos tribais, confissionais e étnicos. Em contrapartida, os iraquianos desejam uma nova Constituição que salvaguarde seus direitos civis, iguais perante a lei e livres da ocupação estrangeira.

O Caminho é o Federalismo

A vida como ela é



"O velho adágio socialista: "de cada um conforme as suas possibilidades, para cada um conforme as suas necessidades", pode ser muito bonito no papel, mas não funciona na vida real. Todas as experiências baseadas no socialismo provam isso."



Os seres humanos são diferentes uns dos outros em vários aspectos – e é bom que seja assim, pois do contrário não teríamos esse maravilhoso processo de especialização e divisão do trabalho, grande responsável pelo progresso humano.

Como a desigualdade é inexorável, devemos dar atenção à pobreza, principalmente em como combatê-la duradoura e eficientemente, ao invés de jogar fora tempo e energia com questões econômicas e, acima de tudo, morais, sem cabimento, como concentração da renda. Afinal, sentir-se tocado pelo sofrimento alheio é algo bem diferente de torcer o nariz para o luxo alheio. Uma coisa é solidariedade – e outra, bem diferente, é inveja.

Mais do que de engenhosos planos econômicos, se quisermos ter alguma chance de nos juntar ao círculo das nações prósperas, precisaremos alterar a famigerada cultura socialista que corre solta por estas plagas brasileiras, começando por desmistificar a arraigada crença segundo a qual a pobreza de uns é resultado da riqueza de outros. É preciso mostrar, de uma vez por todas, que não faz qualquer sentido lógico essa cantilena marxista de mais-valia, luta de classes, exploradores x explorados, etc.

O homem começou a sua epopéia terrestre pobre e assim prosseguiu durante um longo período. A pobreza, portanto, é o estado natural do ser humano, nada mais do que a ausência de riqueza, tanto quanto o preto é a ausência de cor ou a escuridão é a falta de luz. A humanidade partiu praticamente do zero até chegar a tudo que construiu sobre a terra. Através do trabalho e da engenhosidade racionais, transformamos recursos naturais em incontáveis riquezas.

Principalmente após o advento do capitalismo, as riquezas produzidas pelo homem têm crescido e se multiplicado de forma constante e consistente. A cada dia que passa há mais moradias, mais máquinas, mais veículos, mais remédios, mais hospitais, mais escolas, mais indústrias, mais roupas, mais alimentos... Tudo isso em benefício de uma quantidade cada vez maior de pessoas. Tudo isso, sem falar de outro aspecto pouco comentado, porém não menos importante: o fato insofismável de que, sob o capitalismo, a possibilidade de ascensão social tornou-se concreta, o que era impensável anteriormente, quando quase tudo na vida era decorrência do sangue ou do berço.

Não obstante tantas evidências, infelizmente, em pleno século XXI, ainda há aqueles que enxergam a produção de riquezas como um “jogo de soma zero”, em que a fortuna de uns implica, necessariamente, a miséria de outros.

A visão obtusa da riqueza como algo estático e imutável é herança do mercantilismo, época em que ela era medida pela quantidade de ouro e prata disponível. Porém, os engenhosos ingleses e sua Revolução Industrial mostraram que a prosperidade é algo muito mais complexo. Mostraram, por exemplo, que a propriedade de um tear mecânico era muito mais valiosa do que o seu preço em ouro ou em prata, já que aquele era capaz de multiplicar a riqueza, enquanto estes serviam apenas para trocá-las.

Produzida de forma honesta e dentro de um sistema de trocas voluntárias, portanto, a riqueza de uns jamais será resultado da miséria alheia. Há aqueles que trabalham muito, muito mesmo, para garantir doses de conforto cada vez maiores. Mas há também um bando de gente que prefere viver a vida com menos conforto, porém também com menos trabalho. Não podemos querer que uns e outros trabalhem com a mesma intensidade ou tenham a mesma renda. Isso sim seria injusto.

Se você entra numa loja e compra uma mercadoria qualquer, é porque valoriza mais o produto do que o dinheiro que traz no bolso. Por outro lado, o comerciante valoriza mais o dinheiro do que o bem que sai do estoque. No final da operação, portanto, as duas partes sairão ganhando. Com o trabalho ocorre rigorosamente o mesmo. O simples fato de a maioria de nós considerar baixo o próprio salário não é um motivo bastante para dizer que os patrões são exploradores. Eles não nos obrigam a trabalhar para suas empresas e, se o fazemos, é porque o dinheiro que nos pagam é mais valioso para nós do que o ócio (é importante salientar que o trabalho é um meio e não um fim em si mesmo – trabalhamos para poder adquirir as riquezas que nos farão viver melhor).

Olhando pela óptica deles (patrões), estou certo de que só continuam nos pagando um salário porque a nossa produtividade compensa e eles lucram com isso (sem esquecer que o lucro é a remuneração do capital investido, bem como o salário do empreendedor). Como no caso da compra e venda de uma mercadoria qualquer, o contrato de trabalho também é um ato voluntário, em que os dois lados ganham, pois de outro modo ele simplesmente não existiria. Por isso, acho deveras engraçado quando ouço uns e outros reclamando de que determinada empresa paga salários baixos e explora os empregados (afirmação comum em relação à rede Wal Mart, por exemplo). Minha primeira pergunta, nesses casos, é sempre: os empregados são obrigados a trabalhar lá? E se não trabalhassem, qual seria a alternativa? Não seria, por acaso, o desemprego? Não concebo a hipótese de que alguém se sujeite a trabalhar por um salário x, se tiver uma proposta de emprego para ganhar x+y.

Portanto, por maiores que sejam as divagações, se as trocas são voluntárias e realizadas dentro da lei, não há que se falar em exploração ou enriquecimento por conta da penúria alheia. Aliás, numa economia de mercado, a única coisa que não é voluntária e, de todo modo, injusta, é a cobrança de impostos, mas aí já é outro papo.

Seja por necessidade, por conforto ou por prazer, o fato é que, se você adquire um jornal, um sapato, um carro, uma casa ou qualquer outro bem, você está fazendo uma troca voluntária. Ninguém o obrigou a isso. Você simplesmente poderia continuar andando em seu sapato velho ou mesmo descalço, como faziam os nossos ancestrais.

Além disso, Economia é a ciência da escassez e, assim sendo, sempre que você faz uma escolha, essa escolha implica que você está abrindo mão de outra coisa. Chamamos a isso de custo de oportunidade. Seus desejos e necessidades são, em tese, ilimitados, enquanto os recursos de que você dispõe são escassos (limitados).

Assim como você é dono do dinheiro que trocou pelo sapato – e não por uma camisa – também é dono da força de trabalho que troca pelo salário. Ninguém trabalha sem a expectativa de receber algo em troca. Quem trabalha, só o faz porque vale a pena. Eu não troco o meu ócio por qualquer dinheiro e acredito que o leitor tampouco. Depois do Bolsa-Família, por exemplo, está cada vez mais difícil conseguir mão-de-obra para serviços pesados no nordeste, apesar do aumento dos salários. Isso é fato e comprova que o trabalho não é um fim em si mesmo, mas somente um meio para alcançarmos outros fins, inclusive o próprio ócio.

Volto a enfatizar: o mundo seria maravilhoso se todos nós pudéssemos ter tudo aquilo que gostaríamos, trabalhando também o mínimo possível, como querem alguns lunáticos e tantos outros espertalhões. Infelizmente, as coisas não funcionam assim. Sempre teremos que fazer escolhas – que implicam abrir mão de algo.

Para encerrar, eu diria que o velho adágio socialista: "de cada um conforme as suas possibilidades, para cada um conforme as suas necessidades", pode ser muito bonito no papel, mas não funciona na vida real. Todas as experiências baseadas no socialismo provam isso. Já o tão maldito capitalismo está aí há séculos, não porque o capeta o inventou, mas porque ele é o resultado espontâneo da interação entre os indivíduos. Mudar isso já foi tentado antes e os resultados foram desastrosos.

A Origem das Religiões


“A religião primitiva da humanidade surgiu principalmente de um medo dos acontecimentos futuros.” (David Hume)


O filósofo David Hume, em História Natural da Religião, trata das origens e das causas que produzem o fenômeno da religião. Hume encara todas as crenças religiosas como mero produto da natureza humana, ou seja, um resultado das paixões humanas mais primitivas e básicas, dos instintos naturais como medo e esperança. O filósofo não era ateu, e sim um deísta. Mas seus constantes ataques às crenças religiosas despertaram a ira de muitos crentes, e em 1761 todas as suas obras acabaram no Index da Igreja Católica. Mergulhando nos seus escritos, não é difícil entender o motivo: seus argumentos são poderosas armas contra a ignorância e a superstição. Sua mentalidade estava bem à frente do seu tempo, que ainda exalava extrema intolerância religiosa. Para Hume, uma contemplação racional da natureza, com sua uniformidade, levaria à concepção de um criador único. Entretanto, ele reconhecia que “as primeiras idéias da religião não nasceram de uma contemplação das obras da natureza, mas de uma preocupação em relação aos acontecimentos da vida, e da incessante esperança e medo que influenciam o espírito humano”. Os homens seriam guiados por algumas paixões até às crenças religiosas, mas não pela curiosidade especulativa ou o puro amor à verdade, motivos refinados demais, segundo Hume, para um entendimento tão grosseiro. Hume diz: “As únicas paixões que podemos imaginar capazes de agir sobre tais homens incultos são as paixões ordinárias da vida humana, a ansiosa busca da felicidade, o temor de calamidades futuras, o medo da morte, a sede de vingança, a fome e outras necessidades”. Agitados por esperanças e medos, num cenário desordenado, os homens vêem “os primeiros sinais obscuros da divindade”. Não escapou aos olhares atentos de Hume a característica humana de conceber todos os seres segundo sua própria imagem. Além disso, há uma tendência em transferir a todos os objetos as qualidades com as quais os homens estão familiarizados. Como exemplo, basta pensar nas faces humanas vistas na lua, as formas nas nuvens, ou a maldade e bondade que atribuímos a tudo que nos faz mal ou nos agrada, ainda que simples fenômenos naturais. Logo, a ansiedade em relação ao futuro desconhecido e a ignorância levam o homem à crença de que ele depende de poderes invisíveis, dotados de sentimentos e de inteligência. Segundo Hume, “quanto mais um homem vive uma existência governada pelo acaso, mais ele é supersticioso, como se pode particularmente observar entre os jogadores e os marinheiros”. O medo e as angústias que a incerteza gera são insuportáveis para muitos. Hume conclui que “os homens ajoelham-se bem mais freqüentemente por causa da melancolia do que por causa de paixões agradáveis”. Uma característica que anda de mãos dadas com o medo é a adulação. O deus criado pelos homens por conta desse medo passa a ser visto como um protetor particular, e seus devotos tentarão por todos os meios obter seus favores. Transferindo as paixões humanas a este deus, os crentes imaginam que ele ama o louvor e as lisonjas também, e não pouparão nenhum elogio ou exagero em suas súplicas. “À medida que o temor e a miséria dos homens se fazem sentir mais”, diz Hume, “estes inventam, todavia, novas formas de adulação”. Os deuses criados são representados como seres semelhantes aos homens, sensíveis e inteligentes, movidos por amor e ódio, suscetíveis às oferendas e às súplicas, às pregações e aos sacrifícios. Para Hume, aqui está a origem da religião e, conseqüentemente, da idolatria. Os semideuses ou seres intermediários, por serem ainda mais familiares à natureza humana, convertem-se no principal objeto de devoção. Se os gregos tinham seus heróis semideuses, os católicos criaram seus santos. As disputas quase sempre violentas entre as diferentes religiões foram analisadas por Hume também. Como “cada seita está convencida de que sua própria fé e seu próprio culto são totalmente agradáveis à divindade, e como ninguém pode conceber que o mesmo ser deva comprazer-se com ritos e preceitos diferentes e opostos, as diversas seitas acabam naturalmente em animosidade e descarregam umas contra as outras aquele zelo e rancor sagrados, que constituem as mais furiosas e implacáveis de todas as paixões humanas”. Como exemplos, Hume cita “o espírito estreito e implacável dos judeus”, os princípios ainda mais sangrentos dos seguidores de Maomé, e não poupa os cristãos, que teriam abraçado os princípios da tolerância por causa da “firme determinação dos magistrados civis, que se opuseram aos esforços contínuos dos padres e dos fanáticos”. Além disso, Hume considera que “os sacrifícios humanos dos cartagineses, dos mexicanos e de muitas nações bárbaras raramente superaram a Inquisição e as perseguições de Roma e de Madri”. Apesar de deísta, Hume tinha muito receio do monoteísmo quando somado às superstições. Ele escreve: “A crença em um deus representado como infinitamente superior aos homens, ainda que seja completamente justa, é suscetível, quando acompanhada de terrores supersticiosos, de afundar o espírito humano na submissão e na humilhação mais vil, e de representar as virtudes monásticas da mortificação, da penitência, da humildade e do sofrimento passivo como as únicas qualidades que são agradáveis a deus”. Os flagelos, jejuns e covardia se tornam os meios para obter honras celestiais. Como um dos exemplos dessa inversão de valores, Hume cita o caso do Cardeal Belarmino, canonizado em 1930, que deixava as pulgas e outros insetos repugnantes grudarem nele, dizendo: “Ganharemos o céu como recompensa por nossos sofrimentos, mas estas pobres criaturas não têm mais que os prazeres da vida presente”. O sacrifício passa a ser visto como uma virtude em si. Sofrer é o caminho do paraíso. Ainda atacando as crenças católicas, Hume afirma que “em todo o paganismo não há nenhum dogma que se preste mais ao ridículo que o da presença real, pois é tão absurdo que escapa a toda refutação”. Hume conta a piada de um comungante que recebeu, por engano, uma moeda no lugar da hóstia sagrada, e após esperar um tempo para ela se dissolver, tirou-a da boca e gritou ao sacerdote: “Espero que não tenhas cometido um erro; espero que não me tenhas dado Deus Pai; é tão duro e tão resistente que não há modo de o engolir”. Hume desabafa: “Essas são as doutrinas de nossos irmãos católicos”. Para o filósofo, no futuro provavelmente será “difícil convencer certas nações de que um homem, criatura de duas pernas, possa ter abraçado alguma vez tais princípios”. Pelo visto, esse dia ainda não chegou... Diante de crenças tão tolas, a natureza humana e o bom senso acabam prevalecendo, na maioria dos casos. Hume diz: “Podemos observar que, apesar do caráter dogmático e imperioso de toda superstição, a convicção dos homens religiosos é, em todas as épocas, mais fingida que real, e apenas raramente e em certa medida se aproxima a firme crença e a firme convicção que nos governa nos assuntos comuns da vida. Os homens não ousam confessar, nem mesmo no seu íntimo, as dúvidas que os assaltam sobre estas questões: ostentam uma fé sem reservas e dissimulam ante si mesmos sua real incredulidade, por meio das mais categóricas afirmações e do mais absoluto fanatismo. Mas a natureza é mais forte que seus esforços e não permite que a luz obscura e pálida, surgida nessas sombrias regiões, iguale-se às impressões vívidas produzidas pelo senso comum e pela experiência”. Por esse motivo vemos carolas pregando a castidade e condenando o uso de preservativos, enquanto na prática ignoram esses absurdos. Acertam as contas depois. Afinal, somos todos pecadores mesmo! A moral, mesmo a mais elevada, era vista por Hume como independente das religiões: “Ainda no caso das virtudes que são mais austeras e mais dependentes da reflexão, como o espírito público, o dever filial, a temperança ou a integridade, a obrigação moral, tal como a compreendemos, descarta toda a pretensão a um mérito religioso; e a conduta virtuosa não é mais que aquilo que devemos à sociedade ou a nós mesmos”. Para simplesmente pregar uma conduta moral, a religião não é absolutamente necessária. Por isso todas elas acabam criando vários dogmas absurdos. Para o crente, afinal, o que é puramente religioso é mais virtuoso. Se agir com integridade for uma demanda moral comum a todos, o religioso não pode se limitar a isso. Ele jejua ou se dá uns bons açoites, ajoelha no milho, sobe escadas de joelho, usa o cilício, qualquer coisa que, em sua opinião, tem uma relação direta com a assistência divina. Hume explica: “Por meio desses extraordinários sinais de devoção obtém, pois, o favor divino, e pode esperar, como recompensa, proteção e segurança neste mundo – e felicidade eterna no outro”. “Tudo o que enfraquece ou perturba as disposições interiores do homem favorece os interesses da superstição; e nada os destrói mais do que uma virtude viril e constante, que nos preserva dos acidentes desastrosos e melancólicos ou que nos ensina a suportá-los”. Para Hume, “quando resplandece essa serenidade de espírito, a divindade jamais aparece sob falsas aparências”. Eis o antídoto contra as superstições. A barbárie e a arbitrariedade são “as qualidades, ainda que dissimuladas com outros nomes, que formam, como podemos observar universalmente, o caráter dominante da divindade nas religiões populares”. As religiões criam monstros, deuses cruéis que castigam, que punem, atormentando o sono dos crentes. Hume diz: “Quanto mais monstruosa é a imagem da divindade, mais os homens se tornam seus servidores dóceis e submissos, e quanto mais extravagantes são as provas que ela exige para nos conceder sua graça, mais necessário se faz que abandonemos nossa razão natural e nos entreguemos à condução e direção espiritual dos sacerdotes”. O medo é uma arma muito eficaz no controle das pessoas. Se a religião oferece conforto por um lado, cria grilhões por outro. “A crença na vida futura abre perspectivas confortáveis que são arrebatadoras e agradáveis. Mas como esta desaparece rapidamente quando surge o medo que a acompanha e que possui uma influência mais firme e duradoura sobre o espírito humano!” A razão humana, ainda que um privilégio de nossa espécie, não é usada muitas vezes contra as paixões mais básicas. Desta forma, as religiões prosperam. Deixo os comentários finais com este grande filósofo: “Observemos a maioria das nações e épocas. Examinemos os princípios religiosos que têm, de fato, vigorado no mundo. Dificilmente nos persuadiremos de que eles são mais do que devaneios dos homens. Ou talvez os consideremos mais uma brincadeira de macacos com a forma humana do que afirmações sérias, positivas e dogmáticas de um ser que se vangloria com o nome de racional”.

 
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