Carta de Abraham Lincoln ao professor do seu filho, em 1830

"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, para cada egoísta, há um líder dedicado.

Ensine-o, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-o que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada.

 Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.

Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.

 Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram. Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho.

Ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

 Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

 Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.“

*Advogado e político, Lincoln foi 16º Presidente dos EUA – 1861-1865.

Enquete



Qual a melhor opção? Há 4 possíveis soluções para o conflito :

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2) Image and video hosting by TinyPicOs judeus ficam com toda a terra

3) Image and video hosting by TinyPicUm Estado bi-nacional para judeus e árabes

4) Image and video hosting by TinyPicDois Estados para Dois Povos







Documentário: O DINHEIRO QUE CURA

AS CONTROVÉRSIAS DE WASHINGTON

A Lanterna na Popa - Roberto Campos

O panorama intelectual de Washington, sob o ponto de vista econômico, era fascinante. A nação acabara de sair de uma inesperada recaída recessiva em 1937/38, para se aproximar gradualmente do pleno emprego, sob o impacto dos investimentos bélicos. Numa conferencia de imprensa, em dezembro de 1943, Roosevelt proclamou que o old dr. New Deal havia sido substituído pelo dr. Win-the-War.

Havia ainda grandes resquícios da grande controvérsia deflagrada pela ultima recessão. Era a controvérsia entre os gastadores, os fiscalistas e os estruturalistas. Assistia-se, bizarramente, a inversão de papéis. Era o contraponto entre o governador do Federal Reserve Board, Mariner Eccles, de um lado e, de outro, o secretario do tesouro, Henry Morgenthau. O primeiro destoando do habitual restricionismo dos Bancos Centrais, advogava expansão monetária por via de obras publicas, assistência social e déficits fiscais para combater a recessão. O grande fiscalista era o secretario do tesouro, Henry Morgenthau, que se aferrava a tese do equilíbrio orçamentário.

O terceiro grupo era dos estruturalistas, dividido por sua vez em dois subgrupos. Um, liderado por Rexford Tugwell, influente político e depois governador de Porto Rico, advogava planejamento econômico e controles. O outro, representado por Gardner C. Means e Adolph Berle, acentuava os problemas da concentração do poder econômico e preço administrados, advogando uma radical reforma estrutural que envolvesse, além do planejamento econômico, uma vigorosa ação anti-truste a fim de se alcançar a “economia da abundância”.



Ao contrario do que se pensa o problema do New Deal rooseveltiano não foi inicialmente influenciado pelo keynesianismo. Roosevelt tinha um conservadorismo inato, que o fazia recear desequilíbrios orçamentários. Keynes escrevera a teoria geral em 1936 e, até 1938, não havia substancialmente influenciado a política de Washington, conquanto sua moldura analítica parecia explicar adequadamente as lições dos dois primeiros mandatos de Roosevelt, pela seqüência seguinte: orçamentos desequilibrados e alguma recuperação econômica; política fiscal restritiva e recessão aguda; e, finalmente, retomada do dispêndio público (a partir de 1938) e uma ressurgência econômica.

Gradualmente, as três premissas básicas do keynesianismo – a possibilidade do equilíbrio no subemprego, a inoperância da lei de Say, e o gasto governamental para estimular a demanda agregada – contaminaram não apenas os meios intelectuais mais a política fiscal. Mas Roosevelt só pode ser considerado um keynesiano relutante que, no máximo admitiria o pump priming, ou seja, medidas de emergência para ativar a economia. Nessa categoria se incluíam as medidas emergenciais de criação de empregos, implantadas entre 1933 e 1936. Mas era basicamente contrario a adoção do financiamento deficitário como uma receita regular de ativação econômica. A diferença entre as duas posturas é que no pump priming bastaria um empuxo governamental para ativação do setor privado, enquanto que a tese do déficit financing convalida a ação permanente do governo para manter o pleno emprego.

O grande divulgador das idéias de Keynes, não só no plano intelectual, mas no plano da política pratica, foi Alvin Hansen que, de professor da Universidade de Minnesota passara à Universidade de Harvard em 1937. A contribuição teórica de Hansen tinha sido a tese de estagnação secular. A economia americana teria atravessado no ultimo quarto de século XIX dera lugar a uma nova era em que a taxa acelerada de crescimento da população, a expansão territorial, a descoberta de recursos novos e o impacto das mutações tecnológicas, que anteriormente haviam exercido ondas sucessivas de investimentos, haviam deixado de atuar. A economia se tinha tornado madura.

Subseqüentemente, Hansen absorveria as idéias de Keynes sobre o uso da política fiscal para a ativação da economia, e passou a defender a adoção de uma política compensatória fiscal permanente: elevação dos gastos em assistência social e obras publicas, assim como tributação progressiva da renda como instrumento de recuperação e reforma.

Um dos livros mais influentes quando cheguei a Washinton se intitulava An economic program for the American democracy, publicado em 1938 por vários economistas de Harverd e Tufts, refletindo os encinamentos dos seminários de Hansen sobre a política fiscal.

Os dois fatores que levaram a uma majestática predominância do keynesianismo no inicio da guerra foram, portanto, o impacto da recessão inesperada de 1937/38 e a interpretação de Hansen, que viu no intervencionismo fiscal keynesiano um remédio para a tendência estagnacionista das economias maduras.

A estagnação secular e a maturidade econômica, dizia Hansen reconsiderando suas teses pessimistas, não condenariam a economia americana a estagnação, desde que o funcionamento automático do investimento privado fosse complementado com políticas destinadas a assegurar o pleno uso dos recursos produtivos do Estado. Caberia ao governo então esforçar-se por atingir uma economia de auto consumo e pleno emprego.*

Quanto ao problema tecnológico, Hansen reconhecia que a II Guerra Mundial estava provando que as guerras eram um tremendo estimulo ao progresso tecnológico.

O folheto de Hansen, publicado em janeiro de 1942, intitulado ‘After the war-full employment’ representou o ápice da absorção do pensamento keynesiano pelos “liberais” americanos. Nesse relatório, Hansen recomenda planejamento, tributação, redistribuição e dispêndio publico compensatório, assim como cooperação entre o governo e a empresa privada, numa economia mista, para vitalizar e revigorar a iniciativa privada. Era o sistema que o National Planning Ressources Board, think tank dos keynesianos e intervencionistas de vários matizes, descrevia como “sistema modificador da livre empresa”.

Sobrava confiança nos liberais keynesianos quanto à capacidade governamental de administrar o pleno emprego através de sintonia fina. Os desapontamentos só viriam no após-guerra, quando as políticas keynesianas, casualmente eficazes no combate a recessão, trouxeram prolongados períodos de pressão inflacionária. Somente nos anos 70, o keynesianismo, como doutrina, seria temporariamente desbancada pelo monetarismo, que se baseia precisamente na visão oposta, segundo a qual é escassa a capacidade governamental de administrar a economia por sintonia fina, em vista das “expectativas racionais” do mercado (que se antecipam ás decisões econômicas do governo), e da insuficiente informação que este possui sobre micro-economia.

As doutrinas keynesianas tornar-se-iam uma peça substancial da agenda democrática muito além da presidência de Roosevelt. Tiveram sua consagração oficial no “Employment Act” de 1946, que atribui ao governo federal à responsabilidade de “providenciar o nível de gasto e investimentos federais necessários para atingir sustenta mente o pleno emprego”. Apareceriam depois sob variadas formas: no programa de Truman do “centro vital para expansão do pleno emprego”, no programa de Kennedy da Nova Fronteira e no de Johnson da Grande Sociedade.

*Hansen trouxe uma contribuição importante a teoria keynesiana de inflação da procura, ao desdobrar o “hiato inflacionário” (excesso de procura) em “hiato de fatores”, ligado ao mercado de fatores e, particularmente, à mão de obra, e “hiato de bens”. A deflagração da inflação, pressupõe excesso de demanda em ambos os mercados. Ver Maria Silva Bastos Marques, Inflação e política econômica após o primeiro choque do petróleo, FGV, Rio de Janeiro, 1991, pg. 14.


Neoliberal de Esquerda



CARLOS ALBERTO SARDENBERG (Livro: Neoliberal, não. Liberal)

Já foi mais charmoso no tempo do socialismo, mas no Brasil de hoje é assim: ser de esquerda é propor menos superávit primário. Parece, mas não é tão estranho.

Superávit primário é a economia que o setor público faz para pagar juros. O governo recolhe os impostos e sai gastando com o funcionamento da máquina, pagamento de salários, benefícios previdenciários, bolsas e investimentos. O que sobra é o superávit primário, que se destina a pagar juros e reduzir a dívida pública.

Portanto, se um governo endividado não fizer essa economia, simplesmente dará o calote. Ou produzirá inflação, ao emitir dinheiro para cobrir as despesas, inclusive a financeira. Ou ainda aumentará a dívida, tomando empréstimo novo, a juros extorsivos, para pagar juro de empréstimos antigos.

O Brasil já trilhou esses três caminhos ? equívocos que deixaram os três títulos mundiais: de juros altos, de gasto público elevado e de carga tributária exagerada, isso no torneio das nações emergentes.

Desde 1999, no governo FHC, instalou-se o tripé de uma nova política econômica: metas de inflação, câmbio flutuante e metas de superávit primário, combinação então considerada neoliberal pelo PT. Na campanha de 2002, pressionado pela crise de confiança, Lula assumiu o tripé.

Ganhou e cumpriu, até surpreendentemente: fez superávit superior ao do governo FHC. Também manteve firmes os outros dois lados do tripé. O dólar flutuou para baixo e os juros subiram para conter a inflação.

É evidente que quanto maior o superávit primário menos dinheiro sobra para o governo gastar em todas as outras coisas. Ou seja, o governo Lula fez exatamente o que o discurso de esquerda tradicional dizia que não se devia fazer: pagar juros aos credores antes de matar a fome do povo e atender à clientela do setor público.

Como o governo Lula e o PT resolveram a contradição? De duas maneiras. O PT, dizendo que se tratava de emergência, tipo quebra-galho para lidar com a herança maldita. Lula, aumentando o gasto social ? conceito amplo que vai da bolsa família e salário mínimo até a expansão das universidades federais e a contratação de funcionários.

Passados três anos, véspera de nova eleição presidencial e depois do mensalão, a história ficou assim. O PT da esquerda gostaria mesmo de detonar o tripé de política econômica e voltar aos termos dos antigos documentos do PT, o "Ruptura Necessária" e o "Neonacional-desenvolvimentismo". Sabendo que não tem força para isso, propõe o quê? Um superavitizinho bem menor ou nulo, de modo a sobrar mais dinheiro para gastar. E, claro, forte redução de juros, queira ou não o Banco Central.

Lula não poderá prometer, muito menos fazer isso caso se reeleja. Se prometer, perde a condição de líder de esquerda responsável, tão badalado em Londres, por exemplo, e gera outra crise de confiança. A conseqüência seria uma deterioração nos indicadores financeiros ? dólar, juros e risco Brasil em alta.

Mas como se apresentar às eleições e como atender à clientela e à velha alma de esquerda? Simples: aumentando o gasto público. Como aumentar o gasto e fazer superávit primário ao mesmo tempo? Aumentando a arrecadação de impostos ? que subiu espantosos três pontos percentuais do Produto Interno Bruto em três anos. Considerando o PIB do ano passado, isso representa um ganho de arrecadação em torno de R$ 55 bilhões, um dinheirão retirado do setor privado, empresas e pessoas.

A lógica do tripé metas de inflação/câmbio flutuante/superávit primário exige o contrário? a redução do gasto público. Quanto menor for este, maior será o superávit primário, o que significa a redução mais rápida da dívida pública. Quanto mais rápido cair a dívida, menor será a taxa de juros e, pois, menor a despesa financeira do governo, fechando-se o círculo virtuoso. Cresce a economia e é possível reduzir impostos, já que são menores as necessidades do governo.

Mas não. Lula assume o tripé, meio obrigado, e, para atender o lado esquerdo, desanda a gastar no custeio e no social. Aí precisa de mais impostos e mais superávit. Trava a economia, a dívida pública mal se move e, assim, os juros continuam elevados.

Deu numa coisa tipo neoliberal de esquerda fisiológica.

Indice de Liberdade Economica 2010 [DOWNLOAD]



O Índice de Liberdade Econômica 2010

Abrange 183 países através de 10 liberdades específicas, como a liberdade de comércio, a liberdade empresarial, liberdade de investimento e dos direitos de propriedade.























(*)"As instituições básicas que protegem a liberdade dos indivíduos para perseguir seus próprios interesses econômicos tem como resultado uma maior prosperidade para a sociedade em geral." - Adam Smith (A Riqueza das Nações)

(**)"As nações que centralizaram praticamente por completo suas economias viveram o caos total, enquanto que as nações com maior índice de liberdade econômica são exatamente as mais ricas do mundo. Ora, por que culpar então a parte livre das economias mistas pelos males econômicos, quando a parte centralizada ainda é enorme? Não faz sentido. De cara já percebemos que as sementes do fracasso devem estar na herança coletivista, com suas políticas anti-mercado. E de fato estão." - Rodrigo Constantino (Uma Luz na Escuridão)






Download >> 2º atualização (13 de junho de 2010)
http://www.4shared.com/file/VszIny8-/Liberdade_Econmica_1995__2010_.html

Três viva aos contrabandistas

Walter E. Williams



Durante os dias da União Soviética, relógios suíços eram ilegais. Na era da Lei Seca americana, a venda, fabricação e importação de bebidas alcoólicas eram ilegais. E nas grandes navegações da Inglaterra altos impostos e altas tarifas, e restrições sobre as mercadorias vendidas para as colônias americanas levou a guerra da Independência de 1776. O tema comum em todos esses atos é o governo pretende interferir, regulamentar ou proibir a troca voluntária pacífica entre os indivíduos. Eu não vejo nada de errado com as pessoas usando relógios suíços, ou em tomar uma bebida ou adquirir o chá de um produtor holandês, em vez de um produtor Inglês. Mas, muitas vezes as pessoas no governo acham que sabem melhor que os próprios indivíduos que li é conveniente, e eles usam a força bruta do governo [coerção] para dificultar troca voluntária e pacífica.

E assim surge o meu herói, o traficante, para o resgate. Ele é o cara que, com efeito, nos diz: "Eu sei que o governo não quer que você tenha um Martini ou um copo de vinho, mas posso conseguir isso para você." Ele poderia ter que executar operações clandestinas, e chantagem e corromper funcionários públicos, que acrescenta custo ao produto -, mas pelo menos você tem a bebida. Antes de olharmos para nossas atitudes quanto aos contrabandistas, poderíamos considerar que alguns dos homens que celebramos a cada quatro de julho, como John Hancock estava envolvido em contrabando. Você diz: "Qual é a lição da história, Williams?” De acordo com uma reportagem intitulada "Big Tobacco's Next Legal War” em 31 de julho no Newsweek.com, há um florescente comércio de cigarros contrabandeados. As empresas de tabaco fabricar legalmente os seus produtos e vendem legalmente para os varejistas nacionais e estrangeiros. Depois disso, o cigarro pode mudar de mãos várias vezes antes de acabar nas mãos dos contrabandistas. Contrabandistas podem induzir os cidadãos da Califórnia ou de Nova Iorque que: "O governo está rasgando meu dinheiro, fazendo-me pagar R $ 4,50 por pacote de cigarros. Dê-me um pacote de $ 2,00 e você pode dar ao luxo de tragar um cigarro” Em minha opinião, esse cara é um herói. Mas aqui está o problema. Mesmo que não haja nenhuma justificativa moral para a extorsão de impostos federais e estaduais, dos governos aos fumantes, a maioria dos fumantes se arrependerá, porque são pessoas respeitadoras da lei. Quase por definição, as pessoas que se envolvem com o contrabando têm menor respeito pelas leis em geral. Estas são pessoas que não medem o uso da violência na resolução de litígios. E não medem esforços em corromper funcionários públicos por meio de intimidação, suborno ou pagamentos. Outlaws (fora da lei) são os principais beneficiários do ataque nacional contra os fumantes. Um par de semanas atrás, as autoridades federais indiciaram 18 pessoas por contrabando de cigarros para fora da Carolina do Norte, um estado com os impostos de cigarros baixos para o Michigan, onde os impostos são mais elevados. Os federais chegaram a encontrar um cigarro de contrabando na “sala de guerra" do edifício Raleigh, da Carolina do norte. Incrivelmente, ate os federais são alvo dos fabricantes de cigarros e do contrabando. Vamos analisar as perspectivas. Os britânicos não tiveram sucesso em parar nossos fundadores de comprar produtos contrabandeados. Eliot Ness e sua equipe de E.U. Do departamento de Justiça, os agentes não tiveram sucesso em parar o nosso país de se embebedarem. A guerra nacional contra as drogas foi um fracasso total, não só em termos de não eliminar o comércio de drogas, mas também na transformação de bairros inteiros em zonas de guerra. Há alguma razão para acreditar que a guerra do governo contra cigarros contrabandeado vai ser mais bem-sucedida? Enquanto continuamos no assunto, vou insistir em mais duas perguntas: Será que a guerra contra os fumantes de cigarros vale a criação do crime de corrupção para funcionários públicos que está se tornando parte integrante do contrabando de cigarros? E ainda mais importante: é o ataque sobre os fumadores de cigarros mais vale banalização da nossa Constituição e Estado de Direito?

Ayn Rand nos Simpsons




Maggie Simpson fala pela segunda vez

Caridade Privada - Milton Friedman




[...]Não há almoço grátis... O principio fundamental da sociedade livre e a cooperação voluntaria.- Milton Friedman

O Desafio Goldcorp

"O principio fundamental da sociedade livre e a cooperação voluntaria." - Milton Friedman

A Goldcorp é uma companhia de mineração canadense, que estava à beira da falência e que não conseguia encontrar mais reservas de ouro em sua mina, localizada em Red Lake, no noroeste de Ontário. Rob McEwen, presidente e diretor-executivo da Goldcorp inc, com sede em Toronto, havia desencadeado a corrida do ouro ao fazer um desafio global: mostraremos a vocês todos os nossos dados sobre a mina de Red Lake se vocês nos disserem onde provavelmente encontraremos as próximas 6 milhões de onça de ouro. O premio: um total de Us$ 575mil, com uma recompensa máxima Us$105mil.



A comunidade de mineração ficou chocada. Com a idéia de expor seus dados super secretos ao mundo. A cultura na época era a de que as informações a respeito das prospecções eram sigilo absoluto, e não deveriam ser compartilhadas. Principalmente pra uma indústria conservadora e muito privada, o segredo era seu lema e fazer aquilo era algo totalmente não convencional.

Mas McEwen sabia que a competição, que ele chamou de “Desafio Goldcorp”, tinha grandes riscos. Antes de tudo, ela expunha à empresa a oferta hostil por controle. Mas os riscos de continuar a fazer as coisas da maneira antiga eram ainda maiores. "A mineração é uma das atividades industriais mais antigas da humanidade", diz McEwen. "Mas uma descoberta mineral é como uma descoberta tecnológica. Existe o mesmo enriquecimento rápido enquanto o aumento de expectativa melhora a rentabilidade. Se pudéssemos achar ouro mais rapidamente, poderíamos realmente aumentar o valor da empresa.”

O mercado de ouro estava em baixa. Os custos de operar uma mina eram altos. Os mineiros entraram em greve. McEwen até recebeu uma ameaça de morte. Mas o novo proprietário sabia que a mina tinha potencial. McEwen acreditava que o minério de alta qualidade encontrado na mina vizinha, que estava presente em partes da faixa de 222 quilômetros quadrados de Red Lake — só precisa encontrá-lo. Sua estratégia começou a tomar forma num seminário no MIT em 1999. Presidentes de empresas de várias partes do mundo estavam ali para aprender sobre avanços em tecnologia de informação. A atenção do grupo acabou se voltando para o sistema operacional Linux e a revolução do código aberto. "Eu disse 'Código aberto' É isto que eu quero!‘“, lembra-se McEwen em seu raciocínio se pudesse atrair a atenção de grandes talentos mundiais para o problema de encontrar mais ouro em Red Lake, assim como o Linux fizera para atrair grandes programadores para a causa do software melhor, poderia aproveitar milhares de mentes às quais normalmente não teria acesso. Também poderia acelerar a exploração e melhorar suas chances de descoberta.

Logo em março de 2000, numa reunião da indústria, McEwen revelou o Desafio Goldcorp numa pagina na internet. A resposta externa foi imediata. Mais de 1.400 cientistas, engenheiros e geólogos de cinqüenta países entre elas alunos de pós-graduação, consultores, matemáticos e oficiais militares, todos querendo uma parte do prêmio. baixaram os arquivos com os dados da empresa e começaram a exploração virtual. Quando os dados deles começaram a chegar, o painel de cinco jurados ficou impressionado com a criatividade do que fora enviado. No final, foram identificados 110 alvos de exploração, dos quais 50% não haviam sido identificados previamente pela empresa e mais de 80% dos novos alvos produziram quantidades significativas de ouro. Resultado de tudo isso o vencedor foi uma associação de dois grupos da Austrália: Fractal Graphics, de West Perth, e Taylor Wall & Associates, de Queensland. Juntos, eles haviam desenvolvido uma poderosa descrição gráfica da mina em três dimensões (3-D).

Para McEwen, o contexto em si era uma mina de ouro. "Perfuramos quatro dos cinco principais alvos do vencedor e atingimos ouro em todos os quatro", diz ele. "Mas o que é realmente importante é que, de um lugar remoto, os vencedores foram capazes de analisar uma base de dados e gerar alvos sem sequer visitar o terreno. Ficou claro que isto é coisa do futuro." O Resultado de tudo isso, a empresa saltou de um faturamento de U$100 milhões para U$ 9 bilhões e suas ações saltaram de cem dólares em 1993 para mais de U$ 3 mil hoje.

O Vencedores do Desafio Goldcorp 2001, Archibald e seus companheiros dividiram um grande prêmio de US$ 105 mil por sua apresentação detalhando alvos prováveis para encontrar ouro. "Nunca estive na mina", diz Archibald. "Nunca estive no Canadá." Archibald quando soube do concurso, viu ali uma oportunidade para sua empresa, especializada na produção de modelos 3-D de minas... Embora o prêmio em dinheiro, que a equipe de Archibald dividiu com a Taylor Wall & Associates, mal tenha coberto o custo do projeto, a publicidade impulsionou os negócios da firma. "Teria demorado anos para obtermos o reconhecimento na América do Norte que esse projeto nos deu da noite para o dia", diz Archibald.

Bem essa é só mais uma das inúmeras respostas possíveis desenvolvidas em comunidades que nos é apresentada em tempo de globalização e de colaboração global(terceirização).Que se manifesta em ambiente livre.

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(Fonte: Wikinomics,Como a Colaboração em Massa Pode Mudar o Seu Negócio - Don Tapscott; O Mundo é Plano: uma Breve História do Século XXI - Thomas L. Friedman)

 
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