Carro do Povo - Rodrigo Constantino

"O vício intrínseco do capitalismo é a partilha desigual do sucesso; o vício intrínseco do socialismo é a partilha eqüitativa do fracasso." (Winston Churchill)


A empresa indiana Tata Group lançou o carro mais barato do mundo, batizado de "nano". Deverá ser vendido por 2.500 dólares. Não no Brasil, claro, pois aqui os impostos absurdos chegam a tornar os carros importados até três vezes mais caro. Parece que os brasileiros são ricos, e podem se dar ao luxo de pagar bem mais por um carro do que um americano. Mas o anúncio deve ser comemorado, pois se trata de mais uma conquista capitalista. A tendência do capitalismo é justamente esta: inovar criando produtos cada vez mais acessíveis às massas, trazendo enorme conforto material para a humanidade.

Muitos criticam o capitalismo e a globalização afirmando que a diferença entre ricos e pobres aumentou. No fundo, o que deveria ser observado é a condição absoluta da riqueza, ou seja, quantos milhões conseguiram abandonar de vez a miséria. O fato de alguns milionários ficarem ainda mais ricos com a globalização não afeta negativamente a vida dos mais pobres. A riqueza não é estática e a economia não é jogo de soma zero. O fato de Bill Gates ser bilionário não é prejudicial aos pobres do mundo. Pelo contrário: graças às inovações da Microsoft, muitos puderam melhorar absurdamente de vida. O jogo é de ganhos mútuos.

Aqueles que se deixam seduzir pelo socialismo, ou seja, a idealização da inveja, acham que não deveria existir essa diferença entre uma Ferrari e um "nano", tratada como uma "injustiça social". Para esses, deve prevalecer a ditadura da mediocridade. Logo, condenam os extremos e demandam que todos tenham um carro médio, provavelmente produzido pelo governo, ente considerado um Deus por esses crentes. Mas para observar os resultados práticos dessa política, basta dar uma olhada em Cuba, onde os que conseguem ter um carro, possuem na verdade uma carroça da década de 1950. Enquanto isso, a nomenklatura dos aliados de Fidel esbanja suas Mercedes. Todos são iguais no socialismo, mas uns sempre mais iguais que os outros.

Dito isso, vale lembrar que a diferença nas riquezas se deve basicamente a questões de luxo. O lançamento do "nano" é um ótimo exemplo para análise. O rico pode ter uma BMW ou mesmo uma Ferrari. Mas a grande diferença estará em detalhes luxuosos, como a potência, a estética, o conforto. Ainda assim, o pobre que conseguir comprar o "nano", com apenas US$ 2.500, terá um meio de transporte praticamente tão eficiente quanto o dos ricos, no seu objetivo principal, que é a locomoção. Em outras palavras: no básico, as diferenças caíram, e muito! Qualquer americano de classe média possui ar condicionado, uma casa, um computador e um carro. Sua vida tem bem mais conforto que a de um nobre do passado. Graças ao capitalismo.

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