Amigos, mais material do Fórum da Liberdade. Em um dos debates, Luiz Carlos Baldicero Molion contrapôs a tese de que o mundo está esquentando e vai ser uma catástrofe, que foi defendida por Philip Fearnside, do IPCC. Os argumentos do IPCC são aqueles do filme de Al Gore. Os do esfriamento global, e de que o aquecimento vivenciado até 1999 não é causado pela ação humana, estão longe da mídia. Em um dos melhores momentos da apresentação, Molion mostrou diferentes capas da revista Time, ao longo do século XX, dizendo que o mundo estava esquentando, na década de 30, depois esfriando, nos anos 70, e agora esquentando de novo.
Abaixo, o que diz Molion, em matéria que fiz para o Jornal do Commercio (PE):
O risco de aquecimento global não é um consenso entre os cientistas e existe uma corrente que diz que o planeta vai esfriar nos próximos anos, mas o movimento faz parte do ciclo natural da terra
Renato Lima
PORTO ALEGRE – Muito já se falou sobre os potenciais malefícios de um aquecimento global, como perdas agrícolas e inundações em áreas urbanas. Mas essas previsões estão longe de ser um consenso, pelo menos no setor acadêmico, e há uma linha que defende exatamente o contrário: o mundo vai é esfriar nos próximos anos. E, quente ou frio, a culpa não é do homem, mas dos ciclos naturais do planeta terra.
O professor Luiz Carlos Baldicero Molion, diretor do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), não mede palavras para atacar o que chama de fraude científica. “Eu falo com base em dados observados e eles em suposições. E isso criou uma histeria”, afirma. Do seu time fazem parte pesos pesados como José Carlos Azevedo, PhD em física nuclear pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e ex-reitor da Universidade de Brasília, e Fernando de Mendonça, PhD pela Universidade de Stanford e fundador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Molion participou de um painel sobre a questão climática durante o Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, que normalmente debate temas políticos e econômicos.
Definitivamente, o clima entrou para a pauta econômica. O alarme contra um futuro aquecimento é tão grande que, em 2006, Nicholas Stern, então chefe do serviço econômico do Reino Unido, calculava as perdas pelo suposto aquecimento em até US$ 7 trilhões, variando de 5% a 20% do PIB mundial.
Primeiro de tudo, lembra Molion, é preciso distinguir a importância do conservacionismo das mudanças climáticas. “Conservar o planeta é importante para o futuro das gerações. Ter um ar limpo, rios não poluídos e florestas em pé. Mas isso não se mistura com a discussão do clima global. Aqueça ou esfrie, é preciso conservação”, diz.
Um dos principais indicadores do clima, a temperatura do Oceano Pacífico, está caminhando para o esfriamento, o que se refletirá, acredita, no clima global dentro de 20 anos. “Estamos num período de transição. O Oceano Pacífico é um grande controlador do clima global, pois ele ocupa 35% da superfície terrestre”, diz. Quando este oceano estava quente, como nos períodos de 1925 a 1946 e 1977 a 1998, o clima também aumentou. Já o período frio, de 1947 a 1976, coincidiu com o Pacífico também frio. “A partir de 1999, o Pacífico começou a dar sinais de que está esfriando. Obviamente isso é lento, passa por um período de transição”, afirma. O aquecimento que foi vivenciado tem origem não na atividade humana, mas em ciclos naturais como o aumento da atividade solar, defende.
Para ele, os habitantes da beira-mar de Boa Viagem ou de Maceió não têm com que se preocupar com o alegado aumento de 60 centímetros (cm) no nível das marés. “O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) não faz previsões. Ele faz projeções de cenários. De tal forma que esse aumento de 20 cm a 60 cm no nível dos mares é um mero exercício acadêmico que não vai ocorrer”, diz. O cientista questiona, do IPCC, as medições e os modelos. Molion estará no Recife no próximo dia 20 de maio, em debate na UFPE.Entrevista: Luiz Carlos Baldicero MolionPublicado em 11.04.2008, às 22h33O cientista Luiz Carlos Baldicero Molion, diretor do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas, sabe que sua posição está na contramão dos debates sobre clima global. Mas reage citando argumentos e disposição para o confronto científico. Ele é membro do Grupo Gestor da Comissão de Climatologia da Organização Metereológica Mundial, como representante da América do Sul. Graduado em Física pela USP, doutor em Metereologia e Proteção Ambiental pela Universidade de Wisconsin, EUA. Nesta entrevista ao Jornal do Commercio, Molion afirma que não é o homem que muda o clima (seja para aquecer ou esfriar), diz que o CO² não pode ser visto como venenoso e ainda classifica o Protocolo de Kyoto como ridículo.Jornal do Commercio - Para onde caminha o clima?Luiz Carlos Baldicero Molion - Se eu tivesse que apostar, certamente eu diria que é muito mais provável que tenhamos um resfriamento do que aquecimento nos próximos 20 anos. O Oceano Pacífico é um grande controlador do clima global. Ele ocupa 35% da superfície terrestre. E nós sabemos que a atmosfera é aquecida por debaixo. As mudanças climáticas que ocorreram no século XX coincidem com o clima do Pacífico. De 1925 a 1946 e depois de 1977 a 1998, períodos quentes, coincide com o Pacífico Tropical também quente. E o resfriamento que ocorreu entre 1947 a 1976 coincidiu com o período em que o Pacífico Tropical esteve frio. Então o pacífico é um grande controlador. E a partir de 1999 o Pacífico começou a dar sinais de que está esfriando. Obviamente isso é lento, passa por um período de transição.
JC - E quando começa essa transição?Molion - Pode já ter começado. O inverno no Brasil no ano passado já foi severo. Nas Serras Gaúchas as temperaturas já chegaram a 5º abaixo de zero. E o inverno tem sido rigoroso também no Hemisfério Norte, que desde dezembro do ano passado até abril deste ano está sofrendo conseqüências de um inverno severo, com recordes de acúmulo de neve. São temperaturas baixas no Canadá, inferiores a 50º abaixo de zero, a 60º abaixo de zero na Sibéria. E o inverno rigoroso na China, em que mais de 200 milhões de chineses estavam sem ter o que comer por conta do inverno.
JC - E o que causou o recente aquecimento?Molion - Parte do aquecimento é do sol, pela variação natural da produção de energia. E parte também vem do fato de que muito desses termômetros que são usados para medir as temperaturas estão hoje em grandes cidades. Na década de 60 havia 14 mil estações medindo temperatura na terra. Hoje tem menos de 2.000. E essas reduções foram feitas em locais de difícil acesso. Por exemplo, a Rússia fechou muitas estações na Sibéria, que tem zonas frias. E muitas estações foram fechadas nas zonas rurais, devido a dificuldades de manter essas estações. As zonas rurais registram temperaturas de 2º a 5º mais baixas do que as temperaturas urbanas.
JC – A gente está detectando uma sensação térmica urbana mais quente, por ter menos árvores e ser mais urbanizado, mas não o clima global?Molion – Isso. Basta comparar com os dados de satélite, em que as temperaturas medidas abrangem áreas maiores. A tendência nos últimos anos é de 0,12º por década, dentro da variabilidade natural do clima. Jamais poderíamos atribuir esse aumento que houve às atividades humanas. O aquecimento global não é antropogênico, ele não é produzido pelo homem.
JC - A proporção que o homem produz de CO² não seria suficiente?Molion - Certamente que não. Estima-se que os fluxos globais de carbono entre oceano, solo, vegetação e atmosfera seja da ordem de 200 bilhões de toneladas por ano. Como são estimativas, admite-se facilmente que tenha um erro de 10% nisso. Estamos falando de 20 bilhões. Vinte bilhões é 3 vezes mais do que o homem coloca na atmosfera hoje, que é de 6 bilhões. E 20 bilhões é 70 vezes maior do que o que o Protocolo de Kyoto se propõe a reduzir, que é apenas 0,3 bilhão. Quer dizer, o Protocolo de Kyoto é ridículo. Pode ser muito bom para a recuperação ambiental, mas do ponto de vista de efeito estufa, diminuição e controle do CO², o Protocolo de Kyoto é ridículo.
JC – Como a ciência, que busca uma verdade objetiva, pode divergir tanto neste momento, neste assunto?Molion – Não sei. Talvez haja interesses por detrás disso. Interesses econômicos envolvidos. Talvez alguns cientistas aproveitem da situação. Alguns que discordam também não falam, temem que seus projetos sejam cortados, seus empregos perdidos. Enfim, parece haver uma série de razões que levaram a adoção dessa hipótese do aquecimento global antropogênico ganhar um corpo tão grande. A comunicação hoje é muito fácil e o homem gosta mais de catastrofismo do que outra coisa. Existe interesses, não é questão de divergência. Os defensores do aquecimento global se baseiam em argumentos que não têm base científica sólida. Mas como eles fazem isso? Muito simples: a verba para o estudo climático nos EUA era, há 10 anos, US$ 600 milhões. Hoje passa de US$ 4 bilhões. Qualquer projetinho que venha lá dizendo que isso pode ajudar a entender o aquecimento global antropogênico recebe o seu dinheiro. Pode haver interesse das próprias companhias de petróleo. Sabendo que o petróleo vai terminar a curto prazo, 20, 30 anos, então se diminuir o consumo agora estica o domínio deles e permite até elevar o preço acima de US$ 110 o barril. E pode haver até outros interesses dos próprios políticos, de ver nisso uma oportunidade de colocar mais um imposto, mais uma taxinha.
JC – Então quem mora na beira-mar de Boa Viagem, de Maceió e do Rio de Janeiro não precisa se preocupar de que vai ficar sob água?Molion – Essas projeções de que o nível do mar vai subir de 20cm a 60cm são baseadas em cenários hipotéticos que jamais vão ocorrer. São resultados de modelos de simulação de clima que não são adequados para fazer previsão nenhuma. Na realidade, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o IPCC, não faz previsões. Ele faz projeções de cenários. De tal forma que esse aumento de 20cm a 60cm no nível dos mares é um mero exercício acadêmico. O que ocorreu nos últimos 100 anos foi que este nível subiu cerca de 13cm, mas existem muitas outras causas geológicas, como o movimento de placas tectônicas, do que certamente o ser humano. O ser humano é muito pequenininho em comparação com as forças naturais. Basta dizer que 71% da superfície terrestre é coberta por oceanos e 29% são continentes. Dos 29% de continentes, 15% são terras geladas, gelo e areia, desertos. Resta então ao homem apenas 14% para ele manipular. Desses 14%, metade é coberto por florestas naturais. O homem só opera em 7% da superfície terrestre. Não é possível que nesses 7% ele vá mudar o globo todo. Repito: não confundir conservação ambiental com mudança climática. A conservação é uma necessidade da espécie humana. E o CO² não tem nada a ver com mudança climática. Não confundir CO² com poluição. Quanto mais CO² na atmosfera, mais as plantas produzem.
Renato Lima
PORTO ALEGRE – Muito já se falou sobre os potenciais malefícios de um aquecimento global, como perdas agrícolas e inundações em áreas urbanas. Mas essas previsões estão longe de ser um consenso, pelo menos no setor acadêmico, e há uma linha que defende exatamente o contrário: o mundo vai é esfriar nos próximos anos. E, quente ou frio, a culpa não é do homem, mas dos ciclos naturais do planeta terra.
O professor Luiz Carlos Baldicero Molion, diretor do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), não mede palavras para atacar o que chama de fraude científica. “Eu falo com base em dados observados e eles em suposições. E isso criou uma histeria”, afirma. Do seu time fazem parte pesos pesados como José Carlos Azevedo, PhD em física nuclear pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e ex-reitor da Universidade de Brasília, e Fernando de Mendonça, PhD pela Universidade de Stanford e fundador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Molion participou de um painel sobre a questão climática durante o Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, que normalmente debate temas políticos e econômicos.
Definitivamente, o clima entrou para a pauta econômica. O alarme contra um futuro aquecimento é tão grande que, em 2006, Nicholas Stern, então chefe do serviço econômico do Reino Unido, calculava as perdas pelo suposto aquecimento em até US$ 7 trilhões, variando de 5% a 20% do PIB mundial.
Primeiro de tudo, lembra Molion, é preciso distinguir a importância do conservacionismo das mudanças climáticas. “Conservar o planeta é importante para o futuro das gerações. Ter um ar limpo, rios não poluídos e florestas em pé. Mas isso não se mistura com a discussão do clima global. Aqueça ou esfrie, é preciso conservação”, diz.
Um dos principais indicadores do clima, a temperatura do Oceano Pacífico, está caminhando para o esfriamento, o que se refletirá, acredita, no clima global dentro de 20 anos. “Estamos num período de transição. O Oceano Pacífico é um grande controlador do clima global, pois ele ocupa 35% da superfície terrestre”, diz. Quando este oceano estava quente, como nos períodos de 1925 a 1946 e 1977 a 1998, o clima também aumentou. Já o período frio, de 1947 a 1976, coincidiu com o Pacífico também frio. “A partir de 1999, o Pacífico começou a dar sinais de que está esfriando. Obviamente isso é lento, passa por um período de transição”, afirma. O aquecimento que foi vivenciado tem origem não na atividade humana, mas em ciclos naturais como o aumento da atividade solar, defende.
Para ele, os habitantes da beira-mar de Boa Viagem ou de Maceió não têm com que se preocupar com o alegado aumento de 60 centímetros (cm) no nível das marés. “O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) não faz previsões. Ele faz projeções de cenários. De tal forma que esse aumento de 20 cm a 60 cm no nível dos mares é um mero exercício acadêmico que não vai ocorrer”, diz. O cientista questiona, do IPCC, as medições e os modelos. Molion estará no Recife no próximo dia 20 de maio, em debate na UFPE.Entrevista: Luiz Carlos Baldicero MolionPublicado em 11.04.2008, às 22h33O cientista Luiz Carlos Baldicero Molion, diretor do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas, sabe que sua posição está na contramão dos debates sobre clima global. Mas reage citando argumentos e disposição para o confronto científico. Ele é membro do Grupo Gestor da Comissão de Climatologia da Organização Metereológica Mundial, como representante da América do Sul. Graduado em Física pela USP, doutor em Metereologia e Proteção Ambiental pela Universidade de Wisconsin, EUA. Nesta entrevista ao Jornal do Commercio, Molion afirma que não é o homem que muda o clima (seja para aquecer ou esfriar), diz que o CO² não pode ser visto como venenoso e ainda classifica o Protocolo de Kyoto como ridículo.Jornal do Commercio - Para onde caminha o clima?Luiz Carlos Baldicero Molion - Se eu tivesse que apostar, certamente eu diria que é muito mais provável que tenhamos um resfriamento do que aquecimento nos próximos 20 anos. O Oceano Pacífico é um grande controlador do clima global. Ele ocupa 35% da superfície terrestre. E nós sabemos que a atmosfera é aquecida por debaixo. As mudanças climáticas que ocorreram no século XX coincidem com o clima do Pacífico. De 1925 a 1946 e depois de 1977 a 1998, períodos quentes, coincide com o Pacífico Tropical também quente. E o resfriamento que ocorreu entre 1947 a 1976 coincidiu com o período em que o Pacífico Tropical esteve frio. Então o pacífico é um grande controlador. E a partir de 1999 o Pacífico começou a dar sinais de que está esfriando. Obviamente isso é lento, passa por um período de transição.
JC - E quando começa essa transição?Molion - Pode já ter começado. O inverno no Brasil no ano passado já foi severo. Nas Serras Gaúchas as temperaturas já chegaram a 5º abaixo de zero. E o inverno tem sido rigoroso também no Hemisfério Norte, que desde dezembro do ano passado até abril deste ano está sofrendo conseqüências de um inverno severo, com recordes de acúmulo de neve. São temperaturas baixas no Canadá, inferiores a 50º abaixo de zero, a 60º abaixo de zero na Sibéria. E o inverno rigoroso na China, em que mais de 200 milhões de chineses estavam sem ter o que comer por conta do inverno.
JC - E o que causou o recente aquecimento?Molion - Parte do aquecimento é do sol, pela variação natural da produção de energia. E parte também vem do fato de que muito desses termômetros que são usados para medir as temperaturas estão hoje em grandes cidades. Na década de 60 havia 14 mil estações medindo temperatura na terra. Hoje tem menos de 2.000. E essas reduções foram feitas em locais de difícil acesso. Por exemplo, a Rússia fechou muitas estações na Sibéria, que tem zonas frias. E muitas estações foram fechadas nas zonas rurais, devido a dificuldades de manter essas estações. As zonas rurais registram temperaturas de 2º a 5º mais baixas do que as temperaturas urbanas.
JC – A gente está detectando uma sensação térmica urbana mais quente, por ter menos árvores e ser mais urbanizado, mas não o clima global?Molion – Isso. Basta comparar com os dados de satélite, em que as temperaturas medidas abrangem áreas maiores. A tendência nos últimos anos é de 0,12º por década, dentro da variabilidade natural do clima. Jamais poderíamos atribuir esse aumento que houve às atividades humanas. O aquecimento global não é antropogênico, ele não é produzido pelo homem.
JC - A proporção que o homem produz de CO² não seria suficiente?Molion - Certamente que não. Estima-se que os fluxos globais de carbono entre oceano, solo, vegetação e atmosfera seja da ordem de 200 bilhões de toneladas por ano. Como são estimativas, admite-se facilmente que tenha um erro de 10% nisso. Estamos falando de 20 bilhões. Vinte bilhões é 3 vezes mais do que o homem coloca na atmosfera hoje, que é de 6 bilhões. E 20 bilhões é 70 vezes maior do que o que o Protocolo de Kyoto se propõe a reduzir, que é apenas 0,3 bilhão. Quer dizer, o Protocolo de Kyoto é ridículo. Pode ser muito bom para a recuperação ambiental, mas do ponto de vista de efeito estufa, diminuição e controle do CO², o Protocolo de Kyoto é ridículo.
JC – Como a ciência, que busca uma verdade objetiva, pode divergir tanto neste momento, neste assunto?Molion – Não sei. Talvez haja interesses por detrás disso. Interesses econômicos envolvidos. Talvez alguns cientistas aproveitem da situação. Alguns que discordam também não falam, temem que seus projetos sejam cortados, seus empregos perdidos. Enfim, parece haver uma série de razões que levaram a adoção dessa hipótese do aquecimento global antropogênico ganhar um corpo tão grande. A comunicação hoje é muito fácil e o homem gosta mais de catastrofismo do que outra coisa. Existe interesses, não é questão de divergência. Os defensores do aquecimento global se baseiam em argumentos que não têm base científica sólida. Mas como eles fazem isso? Muito simples: a verba para o estudo climático nos EUA era, há 10 anos, US$ 600 milhões. Hoje passa de US$ 4 bilhões. Qualquer projetinho que venha lá dizendo que isso pode ajudar a entender o aquecimento global antropogênico recebe o seu dinheiro. Pode haver interesse das próprias companhias de petróleo. Sabendo que o petróleo vai terminar a curto prazo, 20, 30 anos, então se diminuir o consumo agora estica o domínio deles e permite até elevar o preço acima de US$ 110 o barril. E pode haver até outros interesses dos próprios políticos, de ver nisso uma oportunidade de colocar mais um imposto, mais uma taxinha.
JC – Então quem mora na beira-mar de Boa Viagem, de Maceió e do Rio de Janeiro não precisa se preocupar de que vai ficar sob água?Molion – Essas projeções de que o nível do mar vai subir de 20cm a 60cm são baseadas em cenários hipotéticos que jamais vão ocorrer. São resultados de modelos de simulação de clima que não são adequados para fazer previsão nenhuma. Na realidade, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o IPCC, não faz previsões. Ele faz projeções de cenários. De tal forma que esse aumento de 20cm a 60cm no nível dos mares é um mero exercício acadêmico. O que ocorreu nos últimos 100 anos foi que este nível subiu cerca de 13cm, mas existem muitas outras causas geológicas, como o movimento de placas tectônicas, do que certamente o ser humano. O ser humano é muito pequenininho em comparação com as forças naturais. Basta dizer que 71% da superfície terrestre é coberta por oceanos e 29% são continentes. Dos 29% de continentes, 15% são terras geladas, gelo e areia, desertos. Resta então ao homem apenas 14% para ele manipular. Desses 14%, metade é coberto por florestas naturais. O homem só opera em 7% da superfície terrestre. Não é possível que nesses 7% ele vá mudar o globo todo. Repito: não confundir conservação ambiental com mudança climática. A conservação é uma necessidade da espécie humana. E o CO² não tem nada a ver com mudança climática. Não confundir CO² com poluição. Quanto mais CO² na atmosfera, mais as plantas produzem.
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